16/05/2014 - 20:00
Os planos de fechamento de capital da Cremer foram suspensos temporariamente na terça-feira 13, devido ao pedido da Comissão de Valores Mobiliários de obter mais informações sobre a operação. Apesar disso, não houve mudanças na agenda de eventos: a data da Assembleia Geral Extraordinária foi mantida para 19 de maio. Ofertas Públicas de Aquisição (OPAs) têm se tornado cada vez mais frequentes entre as empresas do setor de saúde. Foi o caso da Amil, controlada pela americana United Health, que gastou R$ 2,9 bilhões para fechar seu capital, em abril do ano passado. Além dela, há no mercado rumores de que o laboratório Fleury seguirá pelo mesmo caminho, depois que a Core, dona do grupo, começou a sondar um comprador para o controle do laboratório. Com esse cenário e com a safra de aberturas de capital em baixa, o setor de saúde corre o risco de ir para a UTI.
Calçados
Alpargatas aperta o passo na Europa
A fabricante de calçados Alpargatas, dona da marca Havaianas, vai aumentar suas pegadas no continente europeu, a partir do segundo semestre. Em apresentação dos resultados do primeiro trimestre, o CEO Márcio Utsch afirmou que a empresa contará com uma subsidiária própria instalada em Düsseldorf, na Alemanha. Com isso, a companhia atenderá diretamente a demanda de Bélgica, Holanda, Áustria e Luxemburgo. O lucro líquido da Alpargatas cresceu 26,3% nos três primeiros meses do ano, para R$ 116,6 milhões.
Cartões
Bradesco e BB querem pontos
O Banco do Brasil e o Bradesco anunciaram, na quarta-feira 14, a criação do programa de fidelidade Livelo. O BB será dono de 49,99% do capital da nova empresa, enquanto o Bradesco terá 50,01%, representado pela Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), atual Alelo.
Quem vai lá
Autometal se aproxima de OPA
Tudo pronto para o fechamento de capital (OPA) da Autometal. Controlada pela espanhola CIE Automotive, a empresa determinou, na segunda-feira 12, que vai pagar R$ 19,11 por ação. Os acionistas têm até o dia 26 de maio para um eventual pedido de revisão. O objetivo é realizar uma operação que movimente até R$ 607,2 milhões.
Energia
Eneva deve aumentar capital em R$ 1,5 bilhão
A empresa de energia Eneva, ex-MPX, anunciou que vai realizar um aumento privado de recursos de R$ 1,5 bilhão, resultado de um acordo para fortalecer sua estrutura de capital e renegociar dívidas. Segundo a companhia, a injeção de recursos será feita em duas fases. Antes da segunda, a empresa pretende vender entre 50% e 100% das ações da termelétrica Pecém II, no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Destaque no pregão
Lucro da Suzano sai do papel
Aumento das vendas e variação cambial foram fundamentais para que o lucro da Suzano Papel e Celulose subisse 379,3% no primeiro trimestre, para R$ 201 milhões. Com uma nova fábrica em operação em Imperatriz (MA), a empresa busca agora elevar a produção e reduzir seu endividamento, que subiu 1,9% entre dezembro e março, para R$ 12,9 bilhões. “Esse número cairá no segundo trimestre”, disse Walter Schalka, CEO da Suzano. As ações subiram 7%, na segunda-feira 12.
Palavra do analista:
Segundo Natanael Cezimbra, analista da BB Investimentos, a operação da nova fábrica vai ajudar a empresa a gerar caixa adicional.
Mercado em números
Itaú Unibanco
R$ 29 bilhões – É o aumento do valor de mercado do banco no acumulado do ano até a quarta-feira 14. A instituição financeira vale R$ 179,6 bilhões, segundo a empresa de dados financeiros Economática.
Estácio
R$ 600 milhões – É o valor que a Estácio Participações vai pagar pela TCA Investimentos, controladora da Uniseb. O negócio foi aprovado pelo Cade, na quarta-feira 14.
Banrisul
R$ 77,8 milhões – Foi o lucro líquido do banco gaúcho no primeiro trimestre deste ano, queda de 62% em relação ao mesmo período do ano passado.
Banco Pine
R$ 33 milhões – Corresponde ao lucro líquido recorrente do banco nos três primeiros meses deste ano, valor 28% inferior em relação ao mesmo período do ano passado.
BHG
12.784 – É o número de quartos que a rede de hotéis pretende ter no Brasil até 2016. Equivale a um crescimento de 50% no total das unidades atualmente disponíveis.
Colaboraram: Natália Flach e Luiz Gustavo Pacete
