26/07/2018 - 10:30
A pessoa jurídica impulsionou o crescimento da carteira de crédito do Bradesco no segundo trimestre. Além de emprestar R$ 14,5 bilhões a mais nas diversas linhas do segmento no período em relação ao primeiro trimestre, o banco também elevou as operações de risco comercial, que incluem debêntures e notas promissórias.
Vale lembrar que além de o banco ter participado da liberação da primeira tranche do empréstimo novo dado à Odebrecht, no valor de R$ 1,7 bilhão, juntamente com o Itaú Unibanco, também encarteirou toda a emissão de debêntures no valor de R$ 4,681 bilhões feita pela Suzano para pagamento da aquisição da Fibria.
A carteira de pessoa jurídica do Bradesco encerrou junho com saldo de R$ 332,818 bilhões, cifra 7,8% maior ante o término de março e 3,5% em 12 meses. No comparativo trimestral, as linhas que mais cresceram, conforme o banco, foram operações no exterior e financiamento à exportação, que refletem o desempenho do câmbio no período, e ainda operações de risco comercial. Em contrapartida, capital de giro, imobiliário e repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encolheram.
Do lado da pessoa física, os destaques de crescimento no segundo trimestre foram financiamento imobiliário, com alta de 3,6% ante o primeiro, crédito pessoal, com aumento de 5,2%, consignado (com desconto em folha), que teve elevação de 2,9%, e veículos, expansão de 2,7%. A carteira de indivíduos do Bradesco alcançou R$ 182,817 bilhões de abril a junho, alta de 2,8% ante os três meses anteriores e de 6,3% em um ano.
Já a carteira de crédito total expandida do Bradesco encerrou junho com saldo de R$ 515,635 bilhões, expansão de 6,0% em relação ao fim de março, quando somou R$ 486,645 bilhões. Em um ano, quando estava em R$ 493,566 bilhões, foi identificada elevação de 4,5%. O banco espera que sua carteira de crédito cresça de 3% a 7% neste ano.