Uma resolução do Tribunal de Justiça da União Europeia (ECJ) decidiu que empresas que usam o plugin de curtir do Facebook em seus sites próprios também são responsáveis pela coleta de dados de usuários por parte da rede social, e que podem ser culpabilizadas por isso segundo a Reuters. A decisão aconteceu após um órgão de consumidores alemão processou a varejista de moda online Fashion ID por violar as regras de proteção de dados pessoais através da utilização do botão no seu site.

A função de colocar o botão curtir em sites que não são do Facebook é comum em e-commerces e sites de notícia que usam da funcionalidade para aumentar a popularidades de seus posts e perfis na rede social. Críticos do sistema porém, enxergam nele apenas uma maneira de aumentar a capacidade de coletar dados da empresa de Mark Zuckerberg em sites que eles não tem ligação.

“O operador de um site que possui um botão ‘Curtir’ pode ser um controlador em conjunto com o Facebook em relação à coleta e transmissão dos dados pessoais dos visitantes de seu site”, disseram os juízes na decisão que foi tomada nesta segunda-feira (29). O tribunal também julgou que a empresa ganhou vantagem com o plugin, uma vez que aumentou o alcance de suas postagens no Facebook, mas declarou que elas não tem responsabilidade pela maneira que a rede social utiliza as informações dadas a ela.

“Estamos analisando cuidadosamente a decisão do tribunal e trabalharemos de perto com nossos parceiros para garantir que eles continuem se beneficiando de nossos plugins sociais e outras ferramentas de negócios em total conformidade com a lei”, disse Jack Gilbert, conselheiro geral associado do Facebook, em um comunicado.