Investidores

 

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, passa três dias em Nova York, na próxima semana, em encontros com investidores e gestores de fundos. Será a primeira visita ao Exterior, neste ano, para um encontro do gênero. Tombini, que não terá agenda pública, vai mostrar que, diante do quadro internacional, o Brasil está bem. Para esse público, no entanto, a redução dos juros, tão desejada pelos brasileiros, não é exatamente uma boa notícia, pois tira a atração das aplicações de curto prazo. 

 

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Aeroportos


Fora do baralho

 

A concessão à iniciativa privada dos aeroportos do Recife e de Salvador foi descartada pelo governo. A Infraero já está concluindo as obras do terminal do Recife, o primeiro de uma cidade-sede da Copa a ficar pronto. Em Salvador, onde o volume de investimentos é pequeno, uma concessão não se justificaria. De certo, até agora, só a licitação do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte, que deve ser anunciada neste mês.

 

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Ipea


Cargo em disputa

 

Presidente interina do Ipea, a economista Vanessa Corrêa está tentando se manter no cargo. Professora universitária, Vanessa integra a diretoria do instituto há pouco mais de um ano. Ela tem procurado visitar parlamentares petistas em busca de apoio. Vanessa tenta se mostrar como opção ao economista da FGV Marcelo Néri, recomendado pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, à presidenta Dilma. 

 

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Vinho


Proteção ainda incerta

 

Sai neste mês o parecer do Departamento de Defesa Comercial sobre a criação de salvaguardas contra o vinho importado. Se o parecer for negativo, o processo acaba aí. Se for positivo, a salvaguarda terá de ser aprovada pela Camex, e pode resultar em cotas ou sobretaxa para os importados. 

 

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Crédito


Ciclo duradouro

 

O salto na inadimplência, que afeta o setor financeiro, vem levando analistas de mercado a questionar as medidas de estímulo ao crédito. Eles apontam que os ciclos de calotes costumavam durar entre dez e 12 meses, e o atual já se estende por 18 meses. Seus relatórios têm mostrado que, na ponta, já existe uma redução no crédito por parte dos bancos privados, apesar de toda a pressão do governo para que eles sejam mais ousados.

 

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Infraestrutura


PPP para quê?

 

Criadas para acelerar obras de infraestrutura, as parcerias público-privadas (PPPs) nunca fizeram sucesso. Um levantamento do governo mostra que existem apenas 18 PPPs ativas no País, sendo que apenas uma foi firmada com a União: o datacenter do Banco do Brasil e da Caixa, em Brasília. As PPPs deram certo nos Estados, que firmaram 17, das quais cinco para estádios da Copa. 

 

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Notas

 

A morosidade na execução de obras públicas deixa o governo relutante em definir a meta para a taxa de investimento deste ano. Em 2011, ela foi de 19,3% do PIB e a intenção era chegar a 20,4% neste ano. Nos últimos dias, porém, o governo evitou confirmar esse número. 

 

 

Está marcada para o dia 30 a primeira reunião do ano do Conselhão, que no governo Lula foi um grande interlocutor do setor privado. A perda de importância do grupo mostra a diferença de estilos entre os presidentes: Lula gostava de debater com vários empresários e sindicalistas. Já Dilma prefere reuniões menores, como a que terá 30 empresários nesta semana. 

 

 

Colaborou: Guilherme Queiroz