A Enel Brasil, subsidiária do grupo italiano de energia no País, estabeleceu como foco principal de seu trabalho na recém-adquirida Celg Distribuição (Celg-D) a melhora operacional da distribuidora. A compra de 94,8% da empresa, um negócio de R$ 2,18 bilhões, foi concluída nesta terça-feira, dia 14.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente da empresa, Carlo Zorzoli, detalhou três prioridades: a melhora na qualidade de serviço, buscando reduzir os indicadores de duração das interrupções no fornecimento; o atendimento à demanda reprimida, o que deve exigir investimento na rede existente; e a realização de conexões.

A estimativa preliminar divulgada anteriormente pela empresa aponta para investimentos da ordem de US$ 800 milhões em três anos, até 2019. Zorzoli reiterou o número, mas destacou que este é apenas um valor indicativo e que o plano de investimentos concreto ainda será construído, com base na análise dos investimentos anteriormente previstos na distribuidora e na identificação das reais necessidades.

Além dos investimentos que deverão ser realizados, Zorzoli citou que a Celg-D deve se beneficiar de ganhos de sinergia, e lembrou que estes não virão somente de esforços coordenados com outras distribuidoras que a Enel detém no Brasil (no Ceará e no Rio). Considerando apenas os números do Brasil, a Enel passa a atender agora dez milhões de clientes, ante os 7 milhões que detinha anteriormente. Com isso, o Brasil passa a ser o terceiro maior mercado para a companhia no mundo, atrás da Itália e da Espanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.