Um dos grandes problemas da energia renovável, a falta de estabilidade é um dos pontos críticos que a UCB soluciona. Fundada em 1973 como Unicoba, a maior empresa de armazenamento de energia do Brasil está expandindo horizontes ao mesmo tempo em que transforma a vida de comunidades da Amazônia.

No primeiro campo, a empresa que fechou 2022 com R$ 800 milhões de faturamento e Ebitda de R$ 75 milhões, acaba de encerrar o primeiro semestre com faturamento anualizado de R$ 1 bilhão e Ebitda de R$ 150 milhões.

“Para 2024, miramos Ebtida de R$ 200 milhões”, afirmou o CEO George Fernandes. Para chegar lá, o caminho é a inovação. A empresa está trazendo a bateria de sal para o País. “Se ela atingir o mesmo padrão de qualidade, será melhor e mais barata do que a de lítio.”
O outro é a internacionalização.

De acordo com Fernandes, os governos europeus, especialmente os da França e de Portugal, têm demonstrado interesse nas soluções e em projetos como os que a UCB executa na Amazônia.

“Nossa reputação fora do Brasil está se fortalecendo, o que nos faz almejar negócios em outros países”, disse Fernandes, que anunciou a abertura de um escritório na China.

Por aqui, a empresa atende o mercado de baterias portáteis com clientes como Lenovo, Motorola e Samsung; o de mobilidade, com baterias para motos elétricas; e de baterias estacionárias, com destaque para a tecnologia LFP (lítio, ferro e fosfato), com clientes dos setores de telecom e de energia — como o de sistemas isolados de energia elétrica na Amazônia, foco do governo brasileiro.

“Nos últimos anos colocamos mais de 70 mil baterias nas comunidades ribeirinhas com sistemas de energia para comunidades isoladas”, disse.

Agora o programa deve evoluir para atender pequenas cidades que devem ter seus geradores substituídos por um sistema híbrido de energia solar com baterias. “Demanda não falta e a cadeia para reciclagem no pós-uso já existe”, disse o executivo, que só se ressente da falta de mão de obra no mercado.

“Precisamos de talentos que queiram trabalhar na indústria pra gente conseguir fazer a revolução da energia limpa.”

“As metas e resultados ESG podem parecer simples, mas mesmo assim forçam as empresas a romper limites. Desbloqueiam a organização mudando o modo como ela atua e com quem trabalha.”
Paul Polman no livro Impacto Positivo

Biodiversidade

Nova espécie na Amazônia

Microphotina cristalino é a mais nova espécie de louva-a-deus descoberta na floresta Amazônica pelos pesquisadores Leo Lanna e Lvcas Fiat, do Projeto Mantis. Seu nome é uma homenagem à Reserva Particular do Patrimônio Natural Cristalino, área de 670 hectares na Amazônia mato-grossense onde foi encontrado e é também uma referência à cor translúcida do corpo do animal.

Experiência

Sons da natureza

Carlos Cezare, cineasta e morador de Foz do Iguaçu (PR), decidiu realizar um projeto solo que une o ambiental e o social. Durante sete meses, gravou sons das Cataratas do Iguaçu e montou uma série de 35 áudios que batizou como Visitando com os Ouvidos. Todos podem desfrutar do material disponível nas principais plataformas de streaming, mas o público principal são aqueles que não podem enxergar. “Quero que elas possam sentir como são ricos e poderosos os sons deste lugar”, disse Cezare.

Circularidade

Educação ambiental com prazer

Mudar a relação do consumidor com o plástico pós-consumo sem chatice, quase como entretenimento, foi o desafio que a Brasken assumiu. “Queremos aproveitar os momentos de lazer para mostrar caminhos e benefícios da reciclagem”, disse Ana Laura Sivieri, CMO Global da companhia. Serão três momentos de interação. Nos parques, em shows e praias. Na primeira frente, uma ação já em andamento é a de gestão de resíduos no Parque do Ibirapuera que, em 13 meses de parceria, destinou 102 toneladas de resíduos para reciclagem. Em eventos, a novidade é o patrocínio ao The Town, onde além de participar da gestão de resíduos a empresa criou uma dinâmica em que o copo que a pessoa compra com sua primeira bebida estará atrelada ao CPF e quanto mais tempo ela ficar com ele, tem mais chances de ganhar prêmios. Já a frente de praia está em gestação e deve ser colocada em prática em 2024.

De 5% a 28% de mulheres em cinco anos

Diversas iniciativas, atividades e investimentos vêm reforçando a estratégia global da ICL de ser uma empresa mais diversa, inclusiva e que gere pertencimento. No Brasil, a empresa criou, em 2021, um comitê para definir caminhos e prioridades. “Temos trabalhado, desde então, na conscientização sobre a importância do respeito e nos preconceitos inconscientes”, afirmou Gustavo Vasques, CEO ICL América do Sul. Segundo ele, a empresa avançou muito nesse campo e hoje emprega profissionais diversos, inclusive refugiados. “Também temos trabalhado para aumentar o quadro de mulheres em diversas frentes, tidas como majoritariamente masculinas. Há cinco anos, elas eram 5% nos cargos de liderança na companhia. Hoje, são 28%. Sabemos da importância e impacto que isso traz, cada vez mais, em nosso negócio”, disse Vasques.