A Eneva registrou prejuízo líquido de R$ 962,6 milhões o quarto trimestre de 2024, perda 3,3 vezes maior que os R$ 290,6 milhões de prejuízo anotados no mesmo período do ano anterior. Com isso, no ano, a companhia lucrou R$ 42 milhões, 80,7% abaixo do verificado no exercício de 2023.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ICVM consolidado totalizou R$ 607,9 milhões no trimestre, queda de 41,3% em relação a igual intervalo do ano anterior.

A redução reflete principalmente o registro de despesa contábil não caixa de R$ 634,7 milhões relacionada à realização de testes de recuperabilidade (Impairment) dos ativos de geração a carvão, termelétricas Itaqui e Pecém II, que, segundo a companhia, “demonstraram redução do valor recuperável de seus ativos, considerando a conversão das usinas para gás natural, dada a falta de visibilidade sobre a realização de leilão para recontratação dos ativos utilizando o combustível atual”.

Desconsiderando o efeito do Impairment, o Ebitda do quarto trimestre soma R$ 1,242 bilhão, o que a Eneva classifica como “resultado trimestral recorde” da Companhia, com crescimento de 20% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em 12 meses, o Ebitda ICVM da Eneva totalizou R$ 3,901 bilhões, diminuição de 8,9% ante 2023. Pelo critério ajustado, Ebitda cresceu 5,9% em 2024 ante 2023, para R$ 4,536 bilhões.

A receita líquida da Eneva foi de R$ 4,882 bilhões entre outubro e dezembro, aumento de 79%, na base anual de comparação. No acumulado de 2024, a receita da empresa ficou em R$ 11,387 bilhões, aumento de 12,8%.

A dívida líquida da Eneva encerrou o ano passado em R$ 13,52 bilhões, redução de 21% em relação a 2023. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 2,42 vezes, abaixo das 3,99 vezes anotadas um ano antes.