10/10/2019 - 7:30
Engajar a população no projeto Novo Rio Pinheiros é um dos principais desafios do governo do Estado para cumprir a meta de despoluí-lo até 2022. Além de investir em campanhas de educação sanitária, especialistas sugerem a abertura de dados sobre o projeto para tentar atrair contribuições e a confiança da população.
O assunto foi tema do seminário A despoluição dos Rios, parceria entre a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e o Estado, realizado nesta quarta-feira, 9. Embora façam elogios a aspectos do projeto de despoluição, lançado pela gestão João Doria (PSDB), participantes também mantêm desconfiança em relação ao prazo – visto por parte deles como “irrealista”.
Para Marcelo Reis, do movimento Volta Pinheiros, fracassos no passado dificultam a participação. “A gente precisa de um projeto sério para que a cidade abrace”, disse. Reis afirma ser favorável às soluções, mas cobra maior transparência e acesso ao cronograma do projeto e questiona o prazo. “O site disponível deveria ter dados abertos, sinalizações de fases da execução em verde, amarelo e vermelho, por exemplo.”
“Tem de parar de sujar, senão é dinheiro jogado fora”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente informou que as ações podem ser acompanhadas no site novoriopinheiros.sp.gov.br. “Os 14 editais para obras de saneamento são públicos e estão disponíveis para consulta.” Segundo a pasta, que reafirmou a meta de 2022, o objetivo é “encaminhar à Estação de Tratamento de Esgoto Barueri 2.800 litros por segundo e universalizar a bacia”.
“Por meio de investimentos do Projeto Tietê, a ETE ampliou em 2017 a capacidade de tratamento para 12 mil litros por segundo. Em 2018, houve um salto para 16 mil litros por segundo. Paralelamente ocorrem as ações de desassoreamento que deverão retirar 500 mil m³ de resíduos do Rio Pinheiros.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.