Pelo segundo ano consecutivo, os três ciclos de ensino (fundamental  1, fundamental 2 e médio) tiveram melhora no indicador educacional.  Apesar de em 2015 o Estado de São Paulo ter alcançado os melhores  resultados da história no Índice de Desenvolvimento da Educação de São  Paulo (Idesp), o desempenho ainda está muito distante da própria meta  estabelecida pelo governo.

No primeiro ciclo do ensino  fundamental, o índice foi de 5,25. A meta para essa etapa é de 7. Já o  segundo ciclo obteve índice de 3,06 no ano e tem como meta 6, enquanto o  médio atingiu o índice de 2,25, com meta de 5.

Para  calcular o Idesp, a Secretaria do Estado da Educação une o resultado das  provas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo  (Saresp) – com testes de português e matemática – a taxas de aprovação,  reprovação e abandono.

O Saresp avalia a rede em quatro  níveis: “abaixo do básico”, “básico”, “adequado” e “avançado”. Os alunos  enquadrados nos níveis “básico” e “adequado” têm aprendizado  considerado suficiente para a secretaria. Apenas aqueles nivelados no  patamar “abaixo do básico” têm domínio do conhecimento considerado  insuficiente para aquela etapa de ensino.

Criado em 1996, o  objetivo do Saresp é diagnosticar o aprendizado dos estudantes dos 2º,  3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental, além do último ano do ensino  médio, e subsidiar políticas educacionais.

Protestos

As  provas do Saresp de 2015 foram realizadas nos dias 24 e 25 de novembro,  em meio a uma série de protestos contra a reorganização escolar. Com  196 escolas ocupadas por estudantes contrários à medida, a secretaria  informou que o Saresp não foi feito em 176 escolas, o que corresponde a  54 mil alunos (4,7% do previsto para realizar a prova). A secretaria  informou que o boicote à prova não teve “relevância estatística  significativa” nos resultados do Idesp.