Os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Direto foram rebatizados nesta terça-feira 10. Com o objetivo de tornar o investimento mais atrativo e de fácil compreensão aos investidores, o Governo pretende facilitar a compreensão e deixar clara a finalidade das LTFs, NTN-Bs e LTNs.

Em 2014, a captação via títulos públicos somou R$ 4,9 bilhões, ante R$ 3,6 bilhões no ano anterior. O volume total de títulos vendidos pelo Tesouro é de R$ 15,3 bilhões. Criado em janeiro de 2002, o Tesouro Direto permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet através de um banco ou corretora sem precisar aplicar diretamente em um fundo de investimentos. As taxas cobradas pelas instituições financeiras variam em 1%. As mudanças nos nomes são estudadas desde 2003.

Letra Nacional do Tesouro (LTN) vai se chamar Tesouro Prefixado uma menção à forma de remuneração do título que paga ao investidor uma taxa de juro pré-fixada determinada no momento da aplicação.

Nota do Tesouro Nacional – Série B Principal (NTN-B Principal) mudará para Tesouro IPCA. O título remunera o investidor com uma taxa de juro pré-fixada, mais a variação da inflação medida pelo IPCA. A palavra Principal significa que os títulos acumulam os rendimentos para o vencimento, diferentemente da NTN-B, que paga ao investidor os rendimentos a cada seis meses.

Como forma de diferenciar os títulos que acumulam os rendimentos para o vencimento daqueles que pagam a rentabilidade a cada seis meses, os novos nomes também farão menção ao período de pagamento dos juros. As NTN-Bs passarão a ser chamadas de Tesouro IPCA com juros semestrais. As Notas do Tesouro Nacional série F passarão a ser chamadas de Tesouro Prefixado com juros semestrais – NTN-F.

De acordo com o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, “as mudanças têm o objetivo de facilitar a compreensão do investimento por parte de um público que não está acostumado com a linguagem técnica do mercado financeiro”.