Técnicos da equipe econômica afirmam, com orgulho, que o desempenho da economia ajudou o presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno e vai manter o impacto positivo para o segundo turno em 30 de outubro. Neste momento, não há previsão de alguma medida nova que tenha impacto positivo para os eleitores.

Entre os muitos exemplos do bom comportamento da economia, foram citadas as revisões para cima no crescimento do PIB, expectativa de queda da inflação, a geração de empregos formais e informais, a crescente integração da economia com o resto mundo, a redução de burocracia para abertura e manutenção de empresas, o incentivo ao investimento privado, a ampliação das concessões e as reformas de marcos setoriais.

De votos para Presidente a abstenções: confira recordes que foram batidos nestas eleições

Na semana passada, movimentos de quedas de preços e aumento da ocupação favoreceram Bolsonaro na campanha pela reeleição porque o sentimento do eleitor é o de alívio e perspectiva positiva para os próximos meses, independentemente de impactos diretos podem beneficiá-lo imediatamente.

A sensação de otimismo ou de fim de um período mais negativo na vida das pessoas ajuda quem está no governo. A oposição, representada principalmente pela candidatura do ex-presidente Lula, explora dados da crise econômica que dava claros sinais antes da pandemia e se agravou em 2020 e 2021.

O primeiro turno da eleição teve dinâmica mais positiva para a economia. Agora já se fala que o crescimento do PIB pode chegar a 3% em 2022. A desoneração dos tributos sobre combustíveis tem sido explorada na propaganda eleitoral de Bolsonaro e o projeto de lei orçamentária prevê a manutenção dessa redução de tributos federais, o que significa renúncia de R$ 52 bilhões.

Em paralelo, foi enviada ao Congresso mensagem do Executivo com promessas de equacionar o valor de R$ 600 mensais para os beneficiários do Auxílio Brasil e a correção da tabela do imposto de renda. Se o sentimento é o de que o pior já passou, o governo se beneficia.