O Santander Brasil, maior operação do banco espanhol no mundo, continua desagradando os investidores com seus resultados no mercado brasileiro. O lucro líquido ajustado do banco no primeiro trimestre de 2013 foi de R$ 1,428 bilhão, queda de 6% em relação ao primeiro trimestre de 2013. 

Jesús Zabalza, presidente do Santander Brasil, explicou, na apresentação dos resultados realizada na manhã desta terça-feira 29, que os ganhos menores estão relacionados ao desempenho abaixado do esperado no período em função da menor quantidade de dias úteis e o momento de adversidade na economia local. O executivo disse que o resultado no primeiro trimestre focou na melhora na qualidade de crédito da carteira. 

Na Espanha, o Santander teve lucro líquido de € 1,3 bilhão no primeiro trimestre, avanço de 8,1% em comparação ao € 1,2 bilhão verificado no mesmo período do ano passado, lucro líquido mais expressivo dos últimos oito trimestres. 

A inadimplência acima de noventa dias do banco teve queda de dois pontos percentuais nos três primeiros meses do ano. A carteira de crédito ampliada recuou 1,6% no período para R$ 275,245 bilhões. A carteira de Pessoa Física cresceu 0,1% no trimestre. Já o segmento de Financiamento ao Consumo recuou 1,1% e a área de Empresas teve baixa de 1,6% no trimestre. 

Já a linha de Pequenas e Médias Empresas, apresentou queda de 11,8% em 12 meses e 5,5% em três meses. “Fico frustrado porque queríamos crescer mais com nossa carteira de crédito neste segmento, mas fizemos uma estrutura especifica para melhorar a seleção de créditos que fez com que nossa oferta ficasse mais seletiva.”

A compra da totalidade do capital da GetNet, por R$ 1,1 bilhão, em abril, foi destacada como estratégia de fortalecer as operações do banco no mercado de adquirência. “Esse é um segmento que vem crescendo e faz parte de nossa estratégia para o Brasil”, disse Zabalza.   

Grupo continua aposta no Brasil

Jesús Zabalza ressaltou, ao apresentar os resultados, que o banco continua acreditando no país, apesar das adversidades. “Seguimos dando provas de que confiamos no país. Os mercados interno e externo não estão valorizando o país, mas a visão do nosso grupo é diferente. Estamos aqui há mais de cinquenta anos e já investimentos US$ 30 bilhões no País.” A prioridade do banco no Brasil, segundo Zabalza, é manter um ritmo de crescimento orgânico no Brasil. “Queremos crescer no crédito rural e agrário de forma mais veloz e se encontrarmos oportunidades para isso, vamos aproveitar. Essa será nossa principal estratégica de crescimento para os próximos meses.”