Um estudo realizado pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, mostra porque é difícil para as pessoas trocarem o açúcar pelo adoçante. De acordo com os pesquisadores, as células intestinais são capazes de distinguir entre açúcar e adoçantes artificiais e preferem o primeiro. O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais.

De acordo com o R7, os cientistas analisaram as conexões entre o cérebro e o intestino para entender se os neurópodes, células intestinais que permitem a comunicação entre os dois órgãos, desempenham algum papel na preferência do corpo por açúcar.

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É importante destacar que o estudo foi realizado em camundongos, que foram expostos ao açúcar e adoçantes artificiais, como a sucralose. As substâncias, entregues diretamente no intestino delgado dos animais, ativaram o nervo vago, ligação nervosa que se estende do cérebro até os intestinos. Também foi observado que o cérebro recebeu sinais diferentes após o consumo do açúcar ou adoçante.

Usando tecnologia do sistema optogenético para desligar temporariamente as células neurópodes, os pesquisadores perceberam que, após o procedimento, os camundongos passaram a escolher igualmente entre o açúcar e o adoçante artificial. E quando as células neurópodes eram reativadas, os animais voltaram a preferir o açúcar.