A Elon Musk pode ser atribuído o cognome de O Sonhador, porque efetivamente ambiciona proezas que parecem impossíveis. Exemplo disso é a vontade que demonstra em enviar uma pessoa para Marte, em três anos, e, num horizonte bem mais longo, construir uma cidade autossustentável em Marte.

O CEO da Tesla não esconde a vontade que tem de estabelecer uma colônia de terráqueos num planeta aparentemente mais saudável do que a Terra. No entanto, um astrônomo considera que essa ambição não passa de uma “perigosa ilusão”.

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Um estudo conduzido pela NASA e publicado em 2018 rejeitou as hipóteses de ser possível viver em Marte, com a tecnologia disponível atualmente.

Nesse sentido, Lord Martin Rees, astrônomo real britânico desde 1995, também não vê os planos de Elon Musk como concretizáveis. Durante a World Government Summit, um evento anual que reúne líderes do governo em Dubai, revelou que a ideia é, na sua opinião, uma “ilusão perigosa”.

O astrônomo real britânico não foi o único a questionar as ambições de Elon Musk. Ao lado de Martin Rees estava o astrofísico Neil deGrasse Tyson que acrescentou que enviar humanos para Marte é um propósito “irrealista”. Efetivamente, terraformar Marte faz parte dos planos de Elon Musk, antes de enviar os humanos. Contudo, Tyson considera que é “muito mais fácil fazer com que a Terra volte a ser Terra do que terraformar Marte.”

Apesar das opiniões, Tyson considera que a exploração do espaço é, hoje, uma inspiração para os mais jovens e, por isso, é uma área que precisa de ser apoiada.