20/09/2017 - 18:32
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, disse que os leilões de energia nova marcados para dezembro podem ter uma boa contratação. Segundo ele, há sinais “positivos e animadores” que corroboram com a ideia de um bom leilão.
Ele citou a materialização da revisão da garantia física das hidrelétricas – que reduziu 1,3 mil MW de lastro -, a realização do mecanismo de descontratação de energia nova, que tirou 1,3 mil MW médios das distribuidoras, e um decreto recente que reduziu o lastro das usinas operadas pelo sistema de cotas de 95% para 90%, o que resultou em uma redução de mais 500 MW de redução de lastro para distribuidoras.
Ele citou ainda uma consulta publica número 36, que analisa a possibilidade de ir além do limite de 5% na garantia física nas cotas e em Itaipu, e possíveis decisões sobre projetos térmicos que estão previstos para entrar em operação em 2021. “Em paralelo, tem o que não controlamos, que é o crescimento econômico, que vem apresentando um panorama um pouco melhor do que era observado no início do ano”, disse.
Ele salientou que a demanda do leilão vem das distribuidoras, que têm até 10 de novembro para apresentar suas demandas. “Se conseguirmos desempenhar as ações, podemos ter um leilão bom”, disse.
Energia existente
Antes dos dois leilões de energia nova já marcados – o A-4 e o A-6, em 18 e 20 de dezembro, a EPE também pretende realizar um leilão de energia existente, ainda não oficialmente anunciado. “Estamos trabalhando para anunciar nas próximas semanas, a ideia é que seja feita em outubro, antes do leilão de energia nova”, disse Barroso. De acordo com ele, atualmente o trabalho em andamento é de definição dos produtos a serem ofertados, como a data de inicio de entrega.
“Estamos fazendo um balanço do que seria razoável. Estamos calibrando para fazer algo que seja palatável. É uma importante ferramenta de gestão de risco da distribuidora”, disse. Segundo Barroso, a ideia é fazer o leilão em outubro ou até inicio de novembro, antes do prazo para as distribuidoras indicarem a demanda para os leilões de energia nova.