03/01/2019 - 16:40
(Texto atualizado às 17h05 do dia 4/1/2019). Um dos pilares da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da república foi seu plano econômico, que desde o início teve Paulo Guedes como grande comandante de uma agenda liberal e desestatizante. O “posto Ipiranga”, como foi apelidado pelo novo presidente, Guedes tem grande bagagem do mercado financeiro e medidas bem definidas de como atingir os resultados previstos para o crescimento da economia.
Na composição de seu ministério, o novo ministro da economia recrutou grande parte dos nomes do setor privado. Porém dentro da equipe há também secretários que atuaram em outros governos, além de servidores públicos de carreira.
Paulo Guedes, ministro da economia
Fez carreira no setor privado, onde fundou o banco de investimentos Pactual, hoje BTG Pactual. Saiu de lá para fundar a BR investimentos que se tornou Bozano Investimentos, empresa que foi CEO. Atuou também como professor e executivo do Ibmec.
Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia
Carreirista do setor público pelo Tesouro Nacional, passou pelo cargo de subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil do governo Temer, além de ter sido diretor de Anac no Governo de Dilma Rousseff.
Waldery Rodrigues Júnior, Secretário Especial da Fazenda
Servidor público de carreira. Foi coordenador-geral da secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, além de ser servidor do Ipea e consultor de política econômica do Senado.
Paulo Uebel, secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital
Tem passagens pelo setor privado e público. Advogado especialista em direito tributário, econômico e financeiro, foi CEO do Lide e secretário de Gestão da prefeitura de São Paulo entre 2017 e 2018.Foi diretor da Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio Grande do Sul, presidente do Instituto de Estudos Empresariais, conselheiro da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.
Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade
Foi diretor de planejamento, crédito e tecnologia do BNDES, executivo do banco JP Morgan e sócio-diretor do Ibmec Educacional em São Paulo, além de ter sido presidente do Instituto de Performance e Liderança.
Marcos Cintra, secretário especial de Receita
Um dos mais experientes nomes da nova equipe, Cintra é político, professor e tem passagens por cargos públicos. Foi vice-presidente e professor da Fundação Getúlio Vargas, além de vereador por São Paulo e deputado federal pelo estado. Passou pelos cargos de secretário de Planejamento, Privatização e Parceria e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico do município de São Paulo além de secretário municipal de finanças de São Bernardo do Campo. Na esfera estadual, atuou como subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado de São Paulo. Foi também presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Rogério Marinho, secretário especial de Previdência
Foi o deputado federal que relatou, na Câmara dos Deputados, a reforma trabalhista, aprovada em 2017. Ele se candidatou à reeleição em 2018, mas não se elegeu. Foi secretário de Planejamento da Prefeitura de Natal (RN), vereador e presidente da Câmara Municipal da cidade, além de secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte
Salim Mattar, secretário especial de Desestatização e Desmobilização
Correção: É fundador e ex-presidente do conselho da Localiza, locadora de veículos, e membro do Instituto Millenium, fundado por Guedes com o objetivo de promover o liberalismo econômico.
Nota da assessoria da Localiza: A Localiza é uma empresa apartidária, sem nenhum vínculo com partidos ou candidatos. No dia 13 de dezembro de 2018, Salim Mattar entregou sua carta de renúncia ao Conselho de Administração da Localiza desligando-se da empresa para assumir a posição no governo.
Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais

integrante do conselho consultivo do Fórum Econômico Mundial e diretor do laboratório dos Brics na Universidade Columbia, além de ser professor e diplomata.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
Fez carreira no mercado financeiro, com passagens pelo Banco Bozano Simonsen e na gestora independente de recursos do Santander, Claritas.
Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura
Além de ter assumido cargos no setor público, estudou na Academia Militar das Agulhas Negras, como Bolsonaro. Foi diretor-executivo do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) durante o governo Dilma e é consultor legislativo na Câmara dos Deputados.
Bento Albuquerque Júnior, ministro de Minas e Energia
Militar, ingressou na Marinha em 1973 e foi diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico. Atuou também no exterior como observador militar das forças de paz das Nações Unidas em Sarajevo, na Bósnia-Herzegóvina.
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras
Foi executivo da mineradora Vale por 15 anos e fez parte do conselho da administração da Petrobras entre 2015 e 2016, indicado pela então presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Joaquim Levy, presidente do BNDES

Trabalhou no FMI (Fundo Monetário Internacional) e teve passagem pelos governos Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff. Em janeiro de 2003, foi nomeado secretário do Tesouro Nacional no primeiro Governo Lula. Em 2006 assumiu a vice-presidência de Finanças e Administração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Foi secretário de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro. Entre 2010 e o final de 2014, foi estrategista-chefe e diretor responsável pela gestora de ativos do banco Bradesco, a BRAM. Deixou o posto para ser ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff.
Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil
Foi professor da FGV, diretor do BNDES e presidente do Sabrae. Colabora com o Instituto Millenium e Instituto Liberal-RJ.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal
É especialista em privatizações com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro. Tem passagem por diversas instituições, como os bancos Bozano Simonsen, BTG Pactual e Brasil Plural