A comerciante Patrícia Fabiana Melo Nunes, que foi sócia proprietária   do Depósito Dias – suposto fornecedor de materiais de construção para   as empreiteiras que reformaram o sítio Santa Bárbara, no município de   Atibaia (SP), frequentado pelo ex-presidente Lula e seus familiares –   declarou ao Ministério Público de São Paulo que “as equipes   (responsáveis pelas obras) brigavam por areia e cimento”. Patrícia  depôs  no dia 10 de fevereiro.

A força-tarefa da Operação Lava  Jato está convencida que a OAS e a  Odebrecht bancaram as mudanças na  propriedade rural, na qual o petista  esteve 111 vezes. Segundo Patrícia  ”o boato que correu era que o sítio  pertencia a Luiz Inácio Lula da  Silva”. A reforma ocorreu no segundo  semestre de 2010, de acordo com  Patrícia.

A comerciante citou os nomes do “engenheiro  Frederico” e do  ”arquiteto Neto” como dois profissionais que se  dedicaram ao  empreendimento. “Outras pessoas que reformavam o sítio  faziam  pagamentos em dinheiro vivo”, revelou a testemunha. Segundo  Patrícia,  ”ninguém comparecia em seu comércio uniformizado”.

Ela concluiu que “havia outras empresas no local porque havia conflito entre as equipes, tais como briga por areia e cimento”.

A defesa do ex-presidente afirma que Lula e seus familiares não são proprietários do sítio Santa Bárbara.