14/07/2022 - 4:53
O Sol está no seu 25.º ciclo e quando começou, os pesquisadores deixaram logo o alerta que este novo período de 11 anos não seria tão calmo como o último que terminou no final de 2019. Alguns eventos, como a explosão solar da classe M4.4, ou como explosão de classe X, ocorrida em 2021. Agora, os cientistas estão preocupados com uma mancha solar gigante e filamentos na superfície solar.
Os astrônomos sabem que este tipo de fenômenos pode desencadear possíveis erupções solares dirigidas à Terra e ejeções de massa coronal (EMCs) que poderão causar danos graves na Terra.
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Os astrônomos estavam interessados em ver os desenvolvimentos da mancha solar AR3038 que passou de ‘grande para enorme’ numa questão de horas e cresceu para um tamanho três vezes maior do que o da Terra. Com o Sol agora numa fase ativa do seu ciclo de 11 anos, há muita atividade na sua superfície que mantém os astrônomos colados aos céus. Para aumentar a preocupação, foi detectada agora uma nova mancha solar escura, a AR3055.
O que já se conhece na mancha solar AR3055?
De acordo com o New York Post, a mancha solar tem agora 9.816 km de largura e está diretamente virada para a Terra. Os astrônomos não estão realmente seguros se a mancha solar é o resultado de uma fusão de manchas solares ou se evoluiu rapidamente para este tamanho por si só.
Tanta tecnologia ‘olhando’ para o sol e não se pode perceber com mais precisão o que poderá acontecer? Não, mesmo com tantos observatórios baseados na Terra a olharem para o Sol. Isto porque uma tempestade geomagnética pode atingir a Terra a um milhão de quilômetros por hora sem que ninguém a veja.
Este fenômeno é causado por uma acumulação de plasma entre os fluxos de ventos solares lentos e rápidos e não devido à erupção de uma mancha solar. Portanto, é algo que não se consegue prever.
De acordo com as últimas atualizações do site SpaceWeather.com, a superfície solar está agora mostrando grandes filamentos de magnetismo. Cada um destes filamentos é aproximadamente a distância entre a Terra e a Lua, ou seja, 384.400 km.
Tal como as manchas solares, estas regiões são também relativamente mais frescas do que a superfície solar e, por conseguinte, parecem mais escuras. No entanto, cada filamento, se retido no céu noturno, brilharia mais do que a Lua cheia.
O que é que isso significa para nós?
Os filamentos solares são também conhecidos por serem altamente instáveis. No entanto, nesta ocasião, eles parecem ter-se mantido unidos há dias. Mais cedo ou mais tarde, espera-se que irrompam e disparem alguns detritos solares para a Terra.
Assim, segundo o site Spaceweather, preveem uma pequena tempestade geomagnética de classe G1 a se dirigir para a Terra na manhã de 13 de julho. Contudo, é provável que esta tempestade seja o resultado de duas manchas solares menores e não dos filamentos.
Enquanto a mancha solar AR3038 provocou uma erupção solar de classe C, espera-se que a AR3055 produza uma erupção relativamente poderosa de classe M que poderá resultar em apagões de rádio durante alguns minutos. Mas… ainda não sabemos do que os filamentos são capazes!
Na semana passada, um artigo publicado na revista Astronomia e Astrofísica sugeriu um novo modelo para prever a força do ciclo solar para nos ajudar a preparar para as piores consequências de tais eventos. Com o pico do ciclo solar a aproximar-se em 2023, só podemos esperar que este ciclo não seja pior do que os outros que já vimos antes.