DAS MESAS COM MÁQUINAS DE ESCREver e pilhas de papéis vistas na década de 50 à consolidação dos computadores pessoais nos dias de hoje, a aparência dos escritórios mudou muito. As paredes, que dividiam os espaços e simbolizavam as hierarquias dentro das empresas, caíram e deram lugar às baias. Mas se tudo evolui, cabe a pergunta: Como serão os escritórios no futuro? Um concurso realizado em julho deste ano pelo Design Institution, com sede em Lima, no Peru, desafiou os participantes a desenharem suas concepções de estação de trabalho ideais. Os projetos apresentaram soluções para problemas variados como a falta de espaço, o desconforto e mesmo a falta de praticidade e de estética dos móveis. ?Acreditamos que os escritórios irão incorporar soluções tecnológicas e conceituais para um melhor ambiente?, aposta Verónica Reategui, diretora do instituto. ?As estações de trabalho procuram integrar os móveis com a tecnologia. O mobiliário será cada vez mais adaptado para cada tipo de profissional. Os mesmos tipos de móveis não serão mais para todos?, acredita Wilson Alixandrino, coordenador do Istittuto Europeo di Design, em São Paulo. DINHEIRO selecionou alguns modelos que dão uma pista do que poderão ser os escritórios no futuro. Muitos deles ainda são protótipos, sem previsão de serem comercializados. Mas, em alguns anos, quem sabe, serão vistos em todos os lugares. Acompanhe:

PARAÍSO DOS ARQUITETOS: cinco arquitetos americanos produziram a Animated Work Environment (AWE). Trata-se de uma estação robotizada que possui todos os equipamentos necessários para realizar os desenhos e cálculos de uma obra. As telas se movimentam a partir de comandos gestuais captados por meio de sensores. A AWE também dispõe de sistemas de som e luz integrados.

 

SEM FORÇAR A COLUNA: elaborada por um grupo de médicos especializados em pesquisas sobre a coluna vertebral, o conceito da Gravitonus (nome de batismo da estação de trabalho) é girar suavemente para o lado que o corpo pender ? assim não prejudica a coluna. Sua configuração abriga três monitores e custa a partir de US$ 700. Em breve, começará a ser produzida uma versão adaptada para deficientes físicos.

 

SURFE NA NET: o designer dinamarquês Kenneth Lylover criou uma estação para quem deseja apenas navegar pela internet. A Surf Chair se parece com um divã e dispõe de uma tela de LCD e um computador. ?Procurei fazer algo confortável e facilmente ajustável?, conta Lylover. É um protótipo, mas, caso fosse vendido, custaria cerca de US$ 4 mil.

 

MODERNIDADE: Massiliano Panfoli e Margherita Bragoni, dois estudantes da Università di Camerino, na Itália, desenvolveram este conceito de estação de trabalho. As três telas estão localizadas dentro de uma chapa de vidro laminado, incorporado a uma camada transparente de LCD, produzindo as três imagens de 22 polegadas. Quando desligada, ela volta a ser transparente.

 

MESA VERSÁTIL: para criar a Fleximobile, o designer egípcio Ahmed Hosny lembrou das diversas e diferentes tarefas que um arquiteto realiza ao longo de um projeto. Por isso, criou uma mesa que pode ser configurada de várias formas. É possível trabalhar em grupo ou sozinho. Há opção de acender uma luz vermelha toda vez que o profissional não quiser ser interrompido.