Durante o Panorama Itaúsa 2025, executivos da holding frisaram por diversas vezes que a governança segue sendo uma prioridade e um critério comum para todas as empresas da holding.

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“Procuramos sempre levar as melhores práticas de governança. Com boa governança é possível crescer mais e administrar melhor os riscos. Isso para nós é um pilar que não abrimos mão em nenhum investimento que já temos”, disse Alfredo Setubal, CEO da Itaúsa.

O executivo também observou que a empresa tem um ‘controle sólido’ e que analisa com precisão o que considera ‘risco reputacional’ – uma das prioridades da holding, dada a base de 920 mil acionistas.

Sobre empresas específicas da holding, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho destacou que ao fim do ano de 2024 o banco firmou como meta R$ 1 trilhão em crédito sustentável até 2030.

“Lançamos o programa porque batemos a meta anterior, que era mais de R$ 400 bilhões em financiamento e estruturações no mercado de capitais. Nós batemos essa meta um ano e meio antes”, disse o CEO.

Itaú passou a integrar aliança vinculada à ONU

Além disso, o executivo frisou que a companhia passou a integrar a Aliança Bancária Net-Zero (NZBA, na sigla em inglês) – uma aliança global de bancos, promovida pela UNEP Finance Initiative (UNEP FI), vinculada à ONU, que ajuda os bancos a alinharem atividades de crédito e investimento com trajetórias de emissão líquida zero de gases de efeito estufa até 2050.

Dentre as metas firmadas pela aliança que o Itaú passou a integrar estão alcançar neutralidade de carbono nas suas operações de financiamento e investimento e também nas emissões atribuíveis de seus portfólios até 2050 ou antes.

O banco também deve firmar metas para 2030 (ou antes) para os setores que mais emitem, priorizando os portfólios com maiores impactos de gases de efeito estufa, e criar estratégias para transição climática nos portfólios.

Atualmente o NZBA tem bancos de todo o mundo, somando cerca de 140 bancos de 45 países.

Itegram a aliança também Santander, CaixaBank, BBVA, Intesa Sanpaolo, dentre outros. Há também um grupo diretivo dentro da aliança, formado por alguns bancos eleitos para liderar – contemplando players como Bank of America, Banorte, Maybank e Royal Bank of Canada.

Banco quer ser ESG sem ser ‘policialesco’

O CEO do Itaú declarou que a da companhia meta é ‘ser o banco da transição para uma economia com menos carbono’, mas que a gestão não quer ‘ter uma postura policialesca’. Maluhy falou durante o evento Panorama Itaúsa 2025, que ocorreu nesta terça-feira, 30.

A visão da gestão, segundo o executivo, é que essa postura ‘prejudica a empresa e prejudica também os clientes’.