A Espanha anunciou planos nesta terça-feira, 29, para dar às mães e aos pais uma semana extra de folga do trabalho após o nascimento de um bebê, ampliando para 17 semanas uma das licenças parentais remuneradas mais generosas da Europa.

A Espanha e a Finlândia são os únicos países da UE que oferecem licença de parto igual e totalmente remunerada para ambos os pais.

“A Espanha está caminhando em direção ao feminismo e à igualdade… e não haverá retorno. Estamos olhando para frente”, disse a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, em uma coletiva de imprensa. “Quatro em cada dez homens em nosso país agora tiram licença parental. E isso é uma conquista feminista.”

O governo também aprovou duas semanas adicionais de licença remunerada, que podem ser tiradas até que a criança complete oito anos de idade.

A medida fica aquém das 20 semanas de licença de parto prometidas pelo Partido Socialista, no poder, e seu parceiro de coalizão minoritário de extrema-esquerda, Sumar — que Díaz lidera — durante a campanha eleitoral de 2023.

A medida ainda precisa da aprovação formal do Parlamento. O partido de extrema-esquerda Podemos, um dos vários grupos cujos votos são necessários para aprovar a legislação, tem pressionado por um tempo de licença ainda maior.

O governo minoritário do primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez enfrenta desafios para garantir votos suficientes para aprovar leis, pois equilibra negociações separadas com várias facções políticas. Díaz disse que os grupos parlamentares “responderam bem” à iniciativa.

Vários países, como Croácia, Irlanda e Bulgária, oferecem licenças-maternidade mais longas do que a Espanha, mas são menos generosos com os pais.