02/04/2020 - 6:46
A Espanha superou nesta quinta-feira a barreira dos 10.000 mortos em consequência da pandemia de coronavírus, com 950 vítimas fatais em 24 horas, o novo recorde diário no país, anunciou o ministério da Saúde.
O boletim do ministério registra 10.003 mortes até o momento, um aumento diário de 10,5%, um percentual quase idêntico ao de quarta-feira. Os casos confirmados alcançam 110.238, o que representa uma leve desaceleração na comparação com quarta-feira.
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A evolução interrompe a contínua queda observada a cada dia desde quarta-feira 25 de março, quando o aumento do balanço foi de 27%.
“Os dados demonstram que a curva se estabilizou e que atingimos o primeiro objetivo de chegar ao pico da curva. Estamos começando a fase de desaceleração da epidemia”, explicou o ministro da Saúde, Salvador Illa, ao apresentar uma avaliação global dos dados desde a semana passada.
O total de falecidos aumentou por 10 em menos de duas semanas, desde 20 de março, no segundo país do mundo com mais mortes por causa da Covid-19, atrás apenas da Itália.
Os casos confirmados na Espanha superam 110.238, o que representa uma pequena desaceleração na comparação com quarta-feira, quando superou a barreira dos 100.000 casos.
O número de pessoas curadas alcança 26.743, quase quatro mil a mais que na quarta-feira.
As regiões mais afetadas continuam sendo Madri, com pouco mais de 40% das vítimas fatais (4.175), e Catalunha, que superou a barreira de duas mil mortes (2.093).
As duas regiões estão com as emergências de vários hospitais saturadas pelo intenso fluxo de enfermos, o que forçou, de acordo com vários depoimentos, a restringir as internações e privilegiar as pessoas com melhor histórico clínico.
“Sei que estão passando provavelmente pelo momento mais difícil de sua carreira profissional”, disse o ministro Illa aos profissionais da saúde.
“Ainda restam semanas difíceis para nosso sistema de saúde”, completou.
Os espanhóis estão confinados desde 14 de março, por decreto do governo, e a medida deve prosseguir pelo menos até 11 de abril.
O país interrompeu nesta semana e na próxima as atividades “não essenciais”, o que reduziu ainda mais os deslocamentos da população.