13/03/2011 - 2:20
Especialistas consideraram improvável que as radiações das usinas nucleares danificadas pelo terremoto no Japão cheguem aos Estados Unidos em proporções que possam causar danos à população, embora outros afirmem o contrário.
“Dados os milhares de quilômetros que separam os dois países, o Havaí, o Alasca e os litorais e territórios do oeste americano não deveriam experimentar níveis perigosos de radioatividade”, estimou em um comunicado publicado este domingo a Comissão de Regulação Nuclear (NRC) dos Estados Unidos.
O organismo lembrou ter enviado dois especialistas em reatores ao Japão como membros de uma equipe da Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento (USAID).
No entanto, o especialista Joseph Cirincione, do Ploughshares Fund, que defende a eliminação das armas nucleares.
No “pior dos cenários”, a radioatividade poderia contaminar terra, água e ar americanos, disse Cirincione à emissora Fox News, este domingo.
“Parte da radioatividade poderia chegar pela atmosfera à costa oeste dos Estados Unidos”, afirmou.
Este cenário é “absolutamente” possível, disse, lembrando o desastre de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando “a radioatividade se espalhou por todo o hemisfério norte”.
“Depende de quantos destes núcleos se derreterem e quão bem sucedidos forem em contê-lo uma vez que o desastre ocorrer”, acrescentou.
O sismo desta sexta-feira, de 8,9 graus na escala Richter, seguido de um maremoto, provocou a declaração do estado de emergência em duas usinas nucleares japonesas pelo temor de uma fusão no coração dos reatores.
Uma explosão ocorreu no sábado no reator 1 da usina de Fukushima, enquanto o reator 3 desta usina experimenta problemas de esfriamento similares aos do reator 1.
No domingo foram registrados níveis elevados de radioatividade em outra usina, a de Onagawa, apesar de que as autoridades asseguraram que seus três reatores estavam “sob controle”.
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