02/02/2022 - 14:00
A variante ômicron do coronavírus tem provocado uma nova alta de casos no mundo todo. Apesar disso, dados têm mostrado que a vacinação evita um número elevado de mortes e internações.
Cientistas e especialistas discutem, no momento, a necessidade de se fazer um novo imunizante exclusivamente para essa nova cepa do vírus. De acordo com a revista Nature, muitos ainda estão reticentes sobre esse desenvolvimento.
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“Temos muita confiança nas vacinas [atuais], mas agora devemos discutir se devemos atualizar a composição”, diz Kanta Subbarao, que preside o Grupo Técnico Consultivo sobre Composição de Vacinas COVID-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vários especialistas acreditam que os casos podem estar em um patamar muito baixo quando a vacina atualizada estiver disponível para os seres humanos.
Mais uma dose
Até agora, informações dão conta de que três doses dos imunizantes feitos a partir de RNA mensageiro, como no caso das fabricadas pela Pfizer e Moderna, protegem, pelo menos a curto prazo, a maioria das pessoas de ficar em estado grave nos hospitais.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido informou no último dia 14 que a terceira dose reduz o risco de hospitalização devido à ômicron em 92%. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano afirmou, no último dia 21, que o reforço impediu que 90% das pessoas com a variante fossem hospitalizadas.
Outro debate levantado na comunidade científica é se uma possível segunda dose de reforço pode ser dada com as vacinas disponíveis ou se um novo imunizante precisar ser desenvolvido.
“Em tempo quase real, precisamos descobrir quanto tempo dura essa proteção, porque a conversa da quarta dose é completamente moldada por isso”, disse o consultor sênior do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca (OSTP) Matthew Hepburn.
Apesar da indefinição, Israel já começou a vacinar, com o imunizante original da Pfizer, sua população mais vulnerável com a segunda dose de reforço. Em entrevista à Nature, um porta-voz da Pfizer disse que uma nova vacina está sendo desenvolvida “por precaução” mas que ele não acredita que será utilizada.