O Influenciador Iran Ferreira, conhecido popularmente como Luva de Pedreiro, deu um susto em seus fãs nesta terça-feira (13) quando seu Instagram amanheceu sem nenhum vídeo. 

As redes começaram a especular que sua conta, com mais de 18 milhões de seguidores, tinha sido hackeada, mas o próprio Iran postou um vídeo para desmentir a informação. 

+Brasil é o segundo país com mais casos de burnout, diz levantamento

“Fala minha tropa, galera, todo mundo tá pensando que eu fui hackeado aí, não fui hackeado não. É porque eu apaguei os vídeos mesmo, eu parei mesmo, galera. Viver minha vida normal, sossegado daquele jeito. A equipe que eu tô são os melhores do mundo, tudo gente boa, faz parte da minha família, mas foi uma decisão minha mesmo de parar”, disse no vídeo. 

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Iran Ferreira (@luvadepedreiro)


Com contratos milionários assinados e milhões de seguidores, muitos podem se perguntar o que fez o jovem, que trabalha com redes sociais, desistir de sua carreira. Especialistas explicam que essa exposição pode não fazer bem para todo mundo. 

Positividade tóxica

O mundo dos influenciadores é sempre cheio de badalação e uma vida considerada perfeita pelos milhões de seguidores. Acontece que isso quase nunca é verdade. 

Uma abordagem de uma vida sempre feliz e plena está sendo chamada por especialistas de “positividade tóxica” e acontece quando o criador de conteúdo precisa vender uma imagem que não é a que ele está sentindo no momento. 

“Os digitais influencers muitas vezes precisam vender uma imagem de algo que ela não é. Por trás daquele trabalho e daquela imagem de perfeição sempre vai existir um trabalho árduo, uma sobrecarga, muitos compromissos e também uma necessidade de não poder mostrar a vida real. A busca pela vida perfeita pode ser muito tóxica, uma vez que as pessoas se cobram em patamares muito elevados”, explicou a psiquiatra e membro da Doctoralia, Christiane Ribeiro. 

Saúde mental dos mais jovens em pauta

Questões de saúde mental como ansiedade e depressão na geração z, ou seja, jovens de 18 e 25 anos, já alertam os pesquisadores há tempos. Somente no Brasil, de acordo com pesquisa da HSR – Specialist Researchers, 49% dos jovens responderam que já receberam diagnóstico de ansiedade. 

Nesse sentido, a psicóloga organizacional Cláudia Danienne reforça que os mais jovens que conseguem sucesso na internet, muitas vezes não têm a maturidade emocional para lidar com os haters ou com feedbacks negativos, e isso pode ter acontecido no caso do Luva de Pedreiro.  

“Ele é o tempo inteiro uma vitrine, não suportou essa exposição e abdicou de tudo. Pra mim ele teve um posicionamento corajoso e pensou ‘caramba, não é isso que eu quero mais pra minha vida’”, explicou. Ela também reforçou que o posicionamento pode ser temporário.