O deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) – que deve retornar ao cargo de secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo na segunda-feira, 24 – disse que esperou por um contato do governo federal por 15 dias, mas que só foi procurado quando se entendeu que o projeto antifacção não sairia da pauta da Câmara dos Deputados.

Nesse contexto, Derrite diz que teria afirmado preferir que a comunicação fosse feita por escrito. Ele mencionou ainda que sugestões feitas em videoconferência por representantes do governo foram incorporadas ao texto. “Infelizmente, o governo preferiu falsas narrativas e ataques políticos”, disse.

Ele disse que as 6 versões de seu relatório sobre o PL em questão foram de ajustes naturais. “Se precisasse, faria 10 relatórios. Não tive recuo nenhum”, afirmou, complementando que não teria em momento nenhum “diluído a atribuição da Polícia Federal” no texto, nem minado seus recursos.

“Estamos falando de um orçamento extraordinário. Se a Polícia Civil do Estado do Mato Grosso fizer uma operação de combate ao crime organizado, descapitalização de bens de empresas que fazem a lavagem de dinheiro do crime organizado, aquela Polícia Civil daquele Estado vai pegar esse recurso extraordinário que não estava previsto, vai tirar o recurso do crime organizado e ser incorporado para aquela Polícia Estadual que fez todo o trabalho. Se o trabalho foi feito em conjunto com a Polícia Civil de um Estado e da Polícia Federal, a divisão é feita meio a meio, 50% para cada instituição”, disse.

Questionado sobre ter apenas esperado contato do Governo ou tê-lo procurado de forma ativa para discutir, Derrite afirmou: “Quando o governo resolveu me atacar politicamente nas redes, não o procurei mais”. Para ele, a maneira como a votação do PL Antifacção foi conduzida foi muito ruim para o governo.