O presidente Jair Bolsonaro saiu nesta terça-feira, 5, em defesa do filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que vem sendo duramente criticado em virtude das referências feitas ao AI-5. “Procuramos dar o melhor de si, às vezes erramos”, disse o presidente, durante cerimônia para marcar os 300 dias de seu governo. O presidente citou já ter sido alvo de uns 30 processos de cassação. “Espero que Eduardo não entre nessa aí”, disse.

Para mais tarde emendar: “Mas sempre respeitaram a opinião”, numa alusão à imunidade parlamentar, uma prerrogativa que permite a deputados e senadores se expressarem quando estão no exercício de suas funções.

Bolsonaro afirmou ainda que integrantes de seu governo não hesitariam em dar o sangue pela liberdade. “Se preciso for dar o sangue pela nossa liberdade, ninguém se furtará a essa missão”, disse durante a cerimônia.

Ao defender o filho, o presidente citou a crise enfrentada no Chile e afirmou que precisamos ter a capacidade de nos anteciparmos a problemas. “Nós sabemos que, infelizmente, no Brasil, existem alguns maus brasileiros que ficam maquinando como chegar ao poder, não interessa por que meio. Não podemos admitir isso. Eu acredito que meu governo que eu seja um dos mais democráticos dos últimos anos. Nunca falei de controle social da mídia, nunca falei que a internet precisa ser domada”, disse.

O presidente rebateu a informação de que seu nome teria sido citado nas investigações que apuram a morte da vereadora Marielle Franco. “A imprensa querer colocar no meu colo a execução porque um dos suspeitos mora no meu condomínio? Não é imprensa que colabora com o Brasil”, afirmou. Segundo ele, se dependermos apenas de uma imprensa, “corremos o risco de sermos réus sem crime”. “Que motivo eu teria para cometer ato daquele? Estaria contrariando meus princípios cristãos. Em que aquela pessoa me atrapalhava? Em nada. Lamento pelo que ocorreu, pela sua família”, completou.