Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou nesta quinta-feira esperar que os representantes do futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentem as fontes para o custeio das promessas de campanha.

Em pronunciamento antes de encontro no Congresso com representantes da equipe de transição de Lula, Castro disse que o Orçamento do próximo ano é o mais restritivo da história e já foi enviado com um déficit de 65 bilhões de reais. Ele lembrou que o futuro presidente fez outras propostas de despesas sociais.

O senador espera, por exemplo, que seja indicada a maneira de contemplar a manutenção dos 600 reais do Auxílio Brasil a partir de 2023 e o acréscimo de 150 reais para as famílias beneficiárias do programa social que tenham crianças abaixo de 6 anos. O custo adicional desses dois pontos seria de 70 bilhões de reais.

“Da nossa parte eles vão encontrar toda boa vontade, como de resto do Congresso Nacional, mas é preciso registrar as propostas, como é que estão pensando em fazer o atendimento de todas as demandas: se formos colocar a isenção do imposto de renda até 5 mil reais, o aumento real do salário mínimo como foi proposto, tudo isso daí você vai acrescentar e não tem espaço orçamentário”, acrescentou.

“Nós precisamos que eles digam de onde tirar a fonte”, destacou.

Segundo o senador, o prazo é curto, porque é preciso aprovar o orçamento até 17 de dezembro contemplando as modificações.

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