Um estudo desenvolvido na Universidade da Califórnia (EUA) descobriu que a prática de esportes em grupo pode ajudar a fortalecer a saúde mental das crianças. Foram avaliados dados de mais de 11 mil voluntários na pesquisa publicada na revista Plos One.

Além da descoberta, os cientistas também apontaram que os exercícios físicos individuais, como tênis, lutas e natação, foram associadas a mais registros de dificuldades comportamentais entre crianças mais novas.

+ Estudo mostra que 10% de quem tem entre 5 e 17 anos faz xixi na cama

Segundo o levantamento, os autores explicam que os benefícios emocionais liberados pela prática das atividades foram os catalisadores da realização do estudo. “Um fator que pode proteger esse público contra o desenvolvimento dessas enfermidades [má saúde mental] é a participação em esportes. Porém, algumas pesquisas relacionaram essa prática juvenil com dificuldades mentais, como a ansiedade e também o esgotamento. Queríamos esclarecer esse tema e dissipar essas dúvidas”, comentaram os especialistas.

As mais de 11 mil crianças contavam com idades entre 9 e 13 anos e os pais e responsáveis deles relataram aspectos emocionais e cognitivos dos filhos em um formulário. A ideia dos pesquisadores era traçar paralelos entre alterações na saúde mental e os hábitos esportivos dos voluntários com temas como renda familiar, por exemplo.

Com os dados em mãos, os especialistas constataram que as crianças envolvidas em esportes coletivos eram menos propensas a ter sinais de ansiedade, depressão, retraimento, problemas sociais e de atenção. Já entre os esportes individuais os progressos foram menores.

“Crianças e adolescentes que praticavam exclusivamente esportes coletivos, como basquete ou futebol, apresentavam um número reduzido de problemas de saúde mental do que aqueles que não praticavam esportes organizados. No entanto, para nossa surpresa, os jovens que participaram apenas de esportes individuais, como ginástica ou tênis, tiveram mais dificuldades comportamentais em comparação com aqueles que realizavam atividades físicas feitas em grupo”, disse em comunicado Matt Hoffmann, um dos autores da pesquisa.