13/09/2013 - 5:30
Papéis avulsos
A Estácio Participações, presidida por Rogério Melzi, entrou de vez no mercado paulista de educação ao anunciar, na quinta-feira 12, a compra da rede Uniseb de Ribeirão Preto, por R$ 615,3 milhões. A conclusão do negócio será dividida em duas partes: a compra de 50% da TCA Investimentos e Participações, controladora da Uniseb, que será paga em dinheiro.
A outra parte da negociação contará com a emissão de 17,85 milhões de ações da Estácio, subscritas pelos controladores da TCA. Pelo acordo, o fundador e controlador da Uniseb, Chaim Zaher, deve integrar o Conselho da Estácio. Fundada em 1999, a rede paulista possui 37,8 mil alunos em três campi e 14 cursos superiores presenciais e 13 não presenciais. Em 2010, a família Zaher vendeu para a britânica Pearson os sistemas de ensino COC, Pueri Domus, Dom Bosco e NAME por R$ 613,3 milhões.
Touro x Urso
Depois de uma alta sustentada, o Ibovespa deverá iniciar a segunda metade de setembro com uma tendência menos definida. A bolsa acumula um crescimento superior a 7% e vai precisar de notícias novas para manter a subida ou voltar a cair.
Indústria
Weg faz aquisição na África do Sul
A Weg comprou a fabricante de transformadores Hawker Siddeley Electric Africa (HST), na África do Sul. Sem revelar o valor da transação, a empresa catarinense transformará a subsidiária na Weg Transformers Africa. Hoje, a HST tem receita anual estimada em US$ 10 milhões. Em agosto a Weg havia adquirido, nos Estados Unidos, a Northern Power Systems, que desenvolve e fabrica aerogeradores. Em 2013, as ações da Weg subiram 5,8%.
Etanol
Cana da São Martinho para a Raízen
Os investidores viram com bons olhos o fato de o grupo São Martinho, dirigido por Fábio Venturelli, fornecer 200 mil toneladas de cana-de-açúcar para uma unidade da Raízen (controlada por Cosan e Shell). Tanto que as ações da São Martinho subiram 3,15% na quarta-feira 11, quando o acordo foi divulgado
Quem foi lá
OPA da Arteris gira R$ 1,9 bilhão
A oferta pública de aquisição dos papéis da empresa de concessões rodoviárias Arteris, que administra 3.226 quilômetros de rodovias no País, movimentou R$ 1,93 bilhão com o recolhimento de 83,2 milhões de ações ao preço de R$ 23,27 cada uma. A partir de agora, o fundo Partícipes detém 69,26% do capital social da Arteris e a Brookfield Aylesbury, 14,90%.
Mineração
Novo nome para MPX
A alemã E.ON vai mudar o nome de sua nova controlada, a MPX, que pertencia ao empresário Eike Batista, para Eneva. A empresa adquirida tem 1.780 MW de capacidade instalada nos Estados do Maranhão, Ceará e Amapá e mais 1.100 MW em construção pelo Brasil. Outra mudança será a nomeação de Joel Mendes Rennó Jr. para o conselho de administração.
Destaque no Pregão
Mercado se excita com Hypermarcas
As ações da Hypermarcas subiram 4,2% na semana. Um dos motivos da forte alta foi a aprovação pelo Cade, sem restrições, da compra das marcas dos preservativos masculinos Jontex e Olla. Juntas, as operações foram anunciadas em 2009 e estimadas em US$ 221 milhões. Na época, a Jontex pertencia à Johnson & Johnson, enquanto a Olla, à Indústria Nacional de Artefatos de Látex (Inal), que produzia também as marcas Lovetex e Microtex e o gel lubrificante Olla.
Palavra do analista: para Vitor Paschoal, do Itaú BBA, a empresa apresenta ganhos de produtividade. ?Ela ganha mercado no setor farmacêutico?, diz. O preço-alvo é de R$ 20.
Mercado em números
Localiza
R$ 500 milhões – é quanto a locadora de carros quer arrecadar com a emissão de debêntures simples. Cada papel custará R$ 10 mil.
Sonae Sierra Brasil
R$ 96 milhões – é quanto a empresa vai investir para ampliar o Franca Shopping. A área a ser construída duplica o tamanho do shopping e acrescenta quatro âncoras, 64 lojas satélites e 649 vagas de estacionamento.
Unidas
R$ 70 milhões – é quanto a empresa de locação de veículos quer captar com a emissão de sete notas promissórias, com valor unitário de R$ 10 milhões cada uma. As notas serão distribuídas com esforço restrito com vencimento em um ano.
GTD
R$ 8,46 milhões – será a redução do capital social da companhia de energia elétrica, sem o cancelamento de ações. Desse modo, o capital da companhia passará a ser de R$ 9,05 milhões
Varig
R$ 12,4 milhões – é o resultado do leilão judicial de imóveis da antiga Varig. O valor arrecadado é menor que a metade do avaliado inicialmente pela Justiça, o que pode provocar a impugnação do leilão. O dinheiro será destinado ao pagamento das dívidas da empresa com cerca de 12 mil ex-funcionários.
Colaborou: Fernando Teixeira