15/08/2025 - 10:28
A taxa de desemprego dos brasileiros caiu em 18 das 27 unidades da federação (UFs) durante o segundo trimestre de 2025, com Santa Catarina (2,2%) e Rondônia (2,3%) registrando os menores patamares. Na outra ponta, Pernambuco (10,4%) e Bahia (9,1%) registraram as maiores.
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Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 15, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pertencem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua).
No panorama geral, a desocupação do país chegou a 5,8%, a menor da série iniciada em 2012. Na comparação com o 1º trimestre de 2025, o indicador recuou em 18 das 27 UFs e ficou estável nas outras nove.
Veja o ranking das UFs segundo a taxa de desemprego
Mercado de trabalho aquecido
Para além da taxa de desemprego, outros indicadores da pesquisa feita pelo IBGE indicam que o mercado de trabalho brasileiro está no seu momento mais aquecido desde o início da série histórica. A informalidade, por exemplo, recuou de 38% para 37,8%.
“O que os dados mostram é que o copo está cheio. O trabalhador está em situação vantajosa, com a taxa de desemprego em baixa e aumento da renda real”, analisa o pesquisador do FGV Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho. “O mercado de trabalho está muito forte, diferentemente do que era esperado com a elevação da taxa de juros.”
Ao mesmo tempo, os dados demonstram grande desigualdade quando se observa o desemprego nas diferentes regiões do país. “Determinados estados, principalmente das regiões norte e nordeste, costumam ter uma taxa de desemprego superior à taxa de desemprego médio do Brasil”, sintetiza o pesquisador do FGV Ibre.
Dos 16 estados com desocupação acima da média do país, 14 estão no norte ou nordeste. As exceções são Rio de Janeiro (8,1%) e o Distrito Federal (8,7%).