12/07/2021 - 14:18
O enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, afirmaram nesta segunda-feira (12) em uma reunião em Moscou que seus países devem cooperar no combate à mudança climática, apesar das tensões políticas.
Kerry, que se reuniu com Lavrov em várias ocasiões quando atuava como secretário de Estado de seu país sob a segunda presidência de Barack Obama, disse que “o que está em jogo não poderia ser maior” em termos de aquecimento global.
“Passamos anos, você e eu, negociando sobre guerras, armas químicas, armas nucleares, e digo sem nenhuma reserva que esta é uma iniciativa absolutamente crítica, urgente”, acrescentou em uma coletiva de imprensa conjunta.
Lavrov destacou que Moscou “valoriza muito a importância dos problemas vinculados à mudança climática”, e acredita que esta visita de Kerry foi “muito oportuna”.
Também afirmou que a Rússia espera uma “estreita cooperação” com os Estados Unidos na conferência COP26, em novembro em Glasgow, Escócia.
O chefe da diplomacia russa acrescentou que acredita que esta visita de Kerry foi um passo “muito importante e positivo” para apaziguar as tensões “entre ambos os países”.
A Rússia, um dos maiores produtores de petróleo e gás no mundo, assumiu compromissos e fez declarações nos últimos anos afirmando que leva a mudança climática à sério.
Seus críticos, no entanto, dizem que o país – que também é o quarto maior emissor de CO2 – ainda está longe de fazer o necessário para abordar a crise.
Durante anos, Putin foi criticado pelo seu ceticismo sobre o aquecimento global provocado pelos humanos e por ter sido que a Rússia se beneficiaria dele.
No entanto, em declarações recentes, o presidente russo mudou a abordagem e mencionou a gravidade deste problema global.
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