A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta quarta-feira, 4, que não há, no momento, perspectiva de redução do preço da gasolina e do diesel em razão da queda do petróleo no mercado internacional. “Não vamos fazer nada com isso. Estamos confortáveis com o nível dos preços”, disse, a jornalistas após evento em Brasília.

As cotações do petróleo fecharam com forte queda na terça-feira, 3, pressionadas pela notícia de um possível acordo para restaurar a produção e exportação na Líbia, enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) estuda elevar a oferta em outubro, começando com 180 mil barris diários.

“O preço que trabalhamos hoje com todos os combustíveis é menor do que o preço de 20 meses atrás. A população não percebe isso. Não é um assunto direto, por conta das margens que são agregadas, com distribuição e revenda”, disse Magda Chambriard.

Segundo a Warren Investimentos, a defasagem da gasolina em relação ao Brent e à gasolina internacional, em nossos cálculos, aumentou nos últimos dias. “Ou seja, o espaço para queda nos preços na refinaria está alargando. A nossa conta de defasagem indica um espaço de -11% de queda para a gasolina, considerando a média dos últimos 15 dias. Na ponta, a defasagem da gasolina pelo Brent é de -13% e pela gasolina internacional de -6,9%”, afirmou a estrategista Andréa Angelo, acrescentando não esperar “por ora”, anúncio de redução nos preços das refinarias da Petrobras.