Por Alvise Armellini

ROMA (Reuters) – Arqueólogos na Itália encontraram mais de duas dúzias de estátuas de bronze muito bem preservadas que datam da época da Roma Antiga nas águas termais da Toscana, no que os especialistas consideram uma descoberta “excepcional”.

As estátuas foram encontradas nas últimas duas semanas em San Casciano dei Bagni, uma cidade no topo de uma colina a cerca de 160 quilômetros ao norte de Roma, onde os arqueólogos têm explorado ruínas antigas nos últimos três anos.

+ Esquerda italiana reivindica vitória em região da Toscana, chave para o governo

“É uma descoberta muito significativa e excepcional”, disse à Reuters Jacopo Tabolli, professor assistente da Universidade para Estrangeiros de Siena que lidera o projeto arqueológico, nesta terça-feira.

Tabolli disse que as estátuas, que segundo a agência de notícias italiana Ansa têm 2.300 anos, costumavam adornar um santuário antes de serem imersas em águas termais, em uma espécie de ritual, “provavelmente por volta do século 1 d.C.”.

As estátuas foram cobertas por quase 6.000 moedas de bronze, prata e ouro, e as águas quentes de San Casciano ajudaram a preservá-las “quase como no dia em que foram imersas”, disse Tabolli.

O arqueólogo, especialista em etruscologia e arqueologia itálica, disse que sua equipe encontrou 24 estátuas grandes, além de várias estatuetas menores, e observou que era incomum que elas fossem feitas de bronze, em vez de terracota.

Tatelli disse que isso sugere que as descobertas vieram do que ele chamou de um assentamento de elite.

Segundo a Ansa, que noticiou pela primeira vez a descoberta, as estátuas foram levadas para um laboratório de restauração em Grosseto, outra cidade da Toscana, mas eventualmente serão devolvidas a San Casciano dei Bagni para serem exibidas em um novo museu.

(Reportagem de Alvise Armellini)

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEIA70K6-BASEIMAGE