Larry Zimpleman, presidente da seguradora e empresa de gestão de recursos Principal Financial Group, tem planos ambiciosos para o Brasil. A companhia americana possui atualmente 25% do capital da Brasilprev, empresa de previdência privada do Banco do Brasil que administra R$ 27 bilhões. A estratégia da Principal é ir além da previdência. “Vamos abrir uma empresa de gestão e oferecer fundos para o investidor brasileiro”, diz ele. O Brasil é um mercado estratégico para a Principal. A companhia administra US$ 284 bilhões em todo o mundo. Os negócios por aqui são os maiores fora dos Estados Unidos e representam 40% da sua atuação internacional. 

 

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Larry Zimpleman: de olho na expansão do mercado brasileiro

 

Na América Latina, a Principal está apenas no México e no Chile. Zimpleman não revela muitos detalhes sobre prazos, mas diz acreditar que a novidade pode estar no mercado brasileiro no segundo semestre deste ano. “O momento dependerá do apetite dos investidores de classe média.”

 

Como forma de atrair investidores, a Principal quer usar a credibilidade da parceria com o BB, que vai até 2032. O banco nega o uso de suas agências de varejo para distribuir os futuros fundos da sócia. 

 

“Não pretendemos distribuir fundos de outros gestores na rede do banco”, diz Carlos Massaru Takahashi, principal executivo da BB DTVM, empresa de administração de recursos que é responsável pelos produtos de investimentos distribuídos na rede do BB. 

 

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Segundo Takahashi, apenas clientes do private bank têm acesso a fundos de terceiros, entre eles dois geridos pela Principal. “Só esses clientes exigem essa diversificação”, diz ele. Hoje, os fundos geridos pela Principal e distribuídos pela BB DTVM somam apenas US$ 13,7 milhões, o que representa uma fração muito pequena dos ativos da empresa.

 

Além de não poder contar com a rede do BB, a Principal não será a única empresa a querer disputar o mercado. Outras gestoras têm anunciado sua intenção de voltar ao Brasil, depois de um movimento de refluxo no início dos anos 2000. “A importância do Brasil no cenário internacional vem crescendo”, diz o consultor de finanças pessoais Sérgio Galvão Bueno.