12/12/2014 - 20:00
O banco BTG Pactual, presidido por André Esteves, adquiriu 34,2 milhões de ações ordinárias da Gerdau que pertenciam ao BNDESPar, braço de participações do BNDES. Com a compra, anunciada na segunda-feira 8, o BTG passou a deter 6% do capital votante da empresa, enquanto o BNDESPar ficou com 0,6% dos papéis com direito a voto, o equivalente a 3,7 milhões de ações. A alienação dos papéis foi possível por meio do exercício de uma opção de venda, que havia sido assinada em 27 de novembro. No mesmo dia, a mineradora CCX, do empresário Eike Batista, informou que o BNDESPar vendeu 18,9 milhões de papéis da companhia e a participação do banco recuou de 11,7% para 0,6%. No ano, as ações do BTG andam de lado, com alta de 0,1%.
Energia
Eneva pede recuperação
Após ter sido declarada inadimplente por não quitar dívidas de US$ 9,4 milhões com o Credit Suisse, a Eneva, antiga MPX, entrou com pedido de recuperação judicial na terça-feira 9. A empresa diz ter R$ 78,3 milhões em caixa e dívidas de R$ 2,3 bilhões. É a quarta empresa do grupo X que pede recuperação. No ano, as ações caem 84,3%.
Destaque no pregão
Daycoval compra Banco CIT
Após seis meses de negociação, o banco Daycoval anunciou, na quinta-feira 11, a compra do Commercial Investment Trust do Brasil, que pertence ao grupo americano CIT e tem foco em arrendamento mercantil (leasing) de equipamentos. A aquisição, que não teve o seu valor divulgado, ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central. “Queremos oferecer todos os produtos de um banco comercial e faltava o leasing”, diz Ricardo Gelbaum, diretor do Daycoval. As ações sobem 19,1% no ano.
Mineração
Vale leva japoneses para a África
A Vale contará com novos sócios em suas operações na África. A empresa anunciou, na terça-feira 9, a venda de participação em um dos negócios de carvão que possui em Moçambique para a japonesa Mitsui, que vai pagar US$ 793 milhões. Após a transação, cuja conclusão é esperada para 2015, a mineradora brasileira ficará com uma fatia indireta de 81%, além de 35% do corredor logístico. No ano, as ações da Vale caem 44,2%.
Palavra do analista:
A operação é um exemplo do comprometimento da empresa com sua estrutura de capital e capacidade de geração de valor, diz Lenon Borges, analista da Ativa. “O impacto no caixa pode ser maior, porque a necessidade de financiamento é da Mitsui.”
Captações
JBS desiste de emissão externa
A janela para captação externa se fechou. Esse foi o motivo para o Grupo JBS desistir de levantar recursos no mercado internacional. A empresa tinha planos de emitir US$ 750 milhões em notas com vencimento em 2025 para recomprar papéis antigos. Não foi a única. Marfrig e Cosan também cancelaran. As ações da JBS avançam 31,2%, no ano.
Bancos
Rumor de compra puxa ações do Pine
As ações do Banco Pine subiram 5%, na quinta-feira 11, devido a rumores de que o banco esteja negociando a venda de seu controle. Um dos interessados seria o grupo J&F, controlador da JBS, que já possui o Banco Original. O Pine divulgou fato relevante negando as negociações.
Touro x Urso
Durante a semana, os investidores devem repercutir os números do terceiro trimestre apresentados pela Petrobras na sexta-feira 12. Parte da oscilação já foi precificada pelo fato de o balanço não apresentar a assinatura da auditoria.
Seguros
SulAmérica contra riscos
A seguradora SulAmérica está atacando os custos investindo na prevenção. Segundo Regina Mello, superintendente da SulAmérica, a empresa lançou uma plataforma digital que permite a mais de 100 mil segurados, cerca de 7% da carteira, serem acompanhados por psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e preparadores físicos, de modo a melhorar seu bem-estar. “A gestão de sinistros nos trouxe até aqui, mas ela não vai nos levar pelos próximos 20 anos. Por isso, investimos R$ 35 milhões por ano em projetos de gestão de saúde”, diz Maurício Lopes, vice-presidente de saúde e odonto da SulAmérica. A meta é a queda no número de sinistros. De janeiro a setembro, alcançou lucro líquido de R$ 254,1 milhões. No ano, as ações sobem 12,1%.
Mercado em números
Tecnisa
R$ 2 bilhões - É quanto a incorporadora tem em projetos aprovados para o ano de 2015. A empresa também possui R$ 2,3 bilhões em ativos imobiliários à venda.
BRF
R$ 1,8 bilhão - É o valor que a empresa, dona das marcas Sadia e Perdigão, vai receber da francesa Lactalis por sua divisão de lácteos. A operação foi anunciada em setembro e o contrato assinado na sexta-feira 5.
Embraer
R$ 88,2 milhões – É quanto a empresa de aviação vai pagar por juros sobre o capital próprio referentes ao quarto trimestre de 2014, correspondendo a R$ 0,12 por ação.
CVC
R$ 14,5 milhões – É o valor que a operadora de viagens vai distribuir aos acionistas como antecipação dos lucros relativos a 2014. O lucro líquido da CVC aumentou 20% de janeiro a setembro deste ano.
Magazine Luiza
50 – É o número de lojas que a rede de varejo pretende abrir em 2015. Neste ano, a empresa abriu 25 unidades.
