O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,3% para R$ 5,317 trilhões de dezembro para janeiro, informou nesta segunda-feira, 27, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 13,6%.

Em janeiro ante dezembro, houve alta de 1,1% no estoque para pessoas físicas e queda de 2,4% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,9% no primeiro mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,5%.

No crédito livre, houve alta de 1,1% no saldo para pessoas físicas em janeiro. Para as empresas, o estoque reduziu em 3,5% no período.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,8% em janeiro ante dezembro, totalizando R$ 936,880 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até janeiro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 14,1%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,7% em janeiro ante dezembro, para R$ 260,261 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 7,3%.

Setores

O saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 0,5% em janeiro, para R$ 45,306 bilhões, informou o Banco Central.

Já o saldo para a indústria recuou 1,9%, para R$ 818,159 bilhões. O montante para o setor de serviços teve queda de 0,7%, para R$ 1,248 trilhão.

No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo caiu 10,3%, aos R$ 5,256 bilhões.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve baixa de 0,4% em janeiro ante dezembro, somando R$ 393,238 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até janeiro, a elevação acumulada é de 5,9%.

No primeiro mês de 2023, houve queda de 2,3% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, recuo de 0,3% no financiamento de investimentos e avanço de 1,2% no saldo de capital de giro.

Crédito ampliado ao setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro caiu 1,3% em janeiro ante dezembro, para R$ 14,646 trilhões. O montante equivale a 147,6 % do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado também caiu 1,3% em janeiro frente a dezembro, para R$ 5,085 trilhões. O montante equivale a 51,2% do PIB.

Concessões

As concessões dos bancos no crédito livre caíram 13,0% em janeiro ante dezembro, para R$ 424,0 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, houve aumento de 21,0%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 2,2% em janeiro, para R$ 242,4 bilhões. Em 12 meses até janeiro, há alta de 23,8%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões despencaram 25,8% em janeiro ante dezembro, para R$ 181,6 bilhões. Em 12 meses, o avanço é de 17,6%.