Um estudante australiano que foi expulso da Coreia do Norte após ter sido detido por espionagem negou as acusações do regime de Pyongyang nesta terça-feira.

Alek Sigley, de 29 anos, que foi libertado semana passada após ser detido durante vários dias, estaria “espionando” a Coreia do Norte, segundo a imprensa estatal do país. “A acusação de que sou espião é falsa”, escreveu Sigley em sua conta do Twitter, e complementou que se encontrava “bem tanto física como mentalmente”.

“No entanto, sigo muito interessado na Coreia do Norte e quero continuar minha investigação acadêmica e outros trabalhos vinculados ao país. Mas atualmente não tenho planos de visitá-la novamente, ao menos em curto prazo”, acrescentou.

Esses tuítes foram sua primeira reação após a detenção e expulsão da Coreia do Norte.

Sigley, um dos poucos ocidentais que vivia e estudava na capital norte-coreana Pyongyang, havia desaparecido sem deixar rastros por volta do dia 23 de junho.

Segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, ele foi detido em 25 de junho por fazer propaganda contra o país.

A agência indicou que Sigley havia “admitido honestamente que estaria espionando, recolhendo nossas informações internas e compartilhando com outros, e nos pediu perdão repetidamente por haver infringido nossa soberania”.

Sigley, que fala coreano fluentemente, dirigia uma empresa especializada em turismo pela Coreia do Norte e gerenciava várias páginas em redes sociais, de conteúdo apolítico sobre a vida em um dos países mais herméticos do mundo.

Suas publicações descreviam a vida diária em Pyongyang, de restaurantes da cidade a comentários sobre aplicativos norte-coreanos.

Ele se casou com uma japonesa em Pyongyang no ano passado.