Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e das chinesas Universidade Peking e da Academia Chinesa de Ciências Médicas mensurou os impactos do fumo a longo prazo.

Segundo os profissionais, o trabalho publicado na revista científica The Lancet Public Health fornece “a primeira avaliação abrangente dos efeitos do tabagismo na saúde a longo prazo em uma ampla gama de doenças em homens e mulheres adultos na China”.

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“No geral, fumar sempre e regularmente foi significativamente associado a riscos mais altos de 22 causas de morte e 56 doenças individuais em todos os principais sistemas de órgãos, bem como mais episódios e durações mais longas de hospitalização, do que nunca fumar regularmente”, apontaram.

Os pesquisadores utilizaram dados de 512 mil adultos da China, recrutados entre 2004 e 2008. Durante os 11 anos em que foram acompanhados, 48,8 mil participantes morreram e 1,14 milhão de diagnósticos para doenças foram realizados.

Os resultados obtidos foram ajustados para identificar quais mortes e problemas de saúde foram ligados ao cigarro, dentro de 85 causas de morte e 480 doenças. Os pesquisadores descobriram que o tabagismo foi diretamente associado a um maior risco para 56 diagnósticos e 22 causas de óbito.

Entre as doenças que tiveram o risco elevado em quase o dobro ou mais, estão: Câncer de laringe, pneumotórax, tumores benignos de glândulas salivares, aneurisma e dissecção de aorta, câncer de pulmão, bronquite crônica, carcinoma in situ do ouvido médio e do aparelho respiratório, embolia e trombose arterial, enfisema, doença hepática alcoólica e câncer de bexiga.

As principais causas de morte foram:

– Câncer de pulmão;
– Enfisema;
– Parada cardíaca;
– Câncer de bexiga;
– Bronquite crônica;
– Infarto.

Os cientistas identificaram que homens tiveram mais probabilidade de desenvolver todas as doenças quando comparado às mulheres. Também foi descoberto que mais da metade dos chineses do sexo masculino que começaram a fumar antes dos 18 anos, e persistiram com o hábito durante a vida, morreram devido ao cigarro.

Por outro lado, o estudo constatou que pessoas que decidiram parar de fumar completamente, dez anos depois tinha o mesmo risco para desenvolvimento de doenças comparado àqueles que nunca desenvolveram o hábito do tabagismo.