Pacientes diagnosticados com covid-19 têm maior probabilidade de desenvolver trombose cerebral. É o que revela estudo realizado pela Universidade de Oxford. A pesquisa mostra que o risco de pessoas que tiveram covid apresentarem casos de trombose cerebral é cerca de dez vezes maior do que entre as pessoas vacinadas.

De acordo com os cientistas, o resultado ajuda a contextualizar que os raros casos de coagulação observados em vacinados e mostra os reais riscos e benefícios das vacinas contra a covid-19.

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Os cientistas, segundo o LifeStyle, consideraram a incidência de trombose venosa cerebral e trombose da veia porta (que leva sangue dos intestinos para o fígado) nas duas semanas após o diagnóstico da covid-19. O estudo incluiu dados de 513.284 pacientes, a maioria dos Estados Unidos.

Vinte pessoas apresentaram trombose venosa cerebral, uma incidência de 39 casos por milhão de pessoas. A taxa é cerca de dez vezes maior do que a observada entre as pessoas que receberam as vacinas da Pfizer ou da Moderna (4,1 em um milhão) e oito vezes maior do que entre os imunizados com a vacina de Oxford/AstraZeneca (5 por milhão).

Além disso, 224 pacientes tiveram trombose da veia porta após duas semanas do diagnóstico de covid, taxa de 436,4 casos por milhão. Ou seja, 9,5 vezes mais do que entre aqueles que receberam as vacinas da Pfizer e da Moderna (44,9 por milhão) e 272 vezes superior ao relatado por pessoas vacinadas com o imunizante de Oxford/AstraZeneca (1,6 por milhão).

Na população em geral, a taxa de incidência de trombose cerebral em qualquer período de duas semanas é de 0,77 por milhão, enquanto a de trombose da veia porta é de 4,1 por milhão.