23/06/2023 - 6:37
Pesquisadores acreditam ter descoberto a causa da calvície, mais especificamente, o que leva ao não crescimento do cabelo. Em estudo publicado em maio na revista científica Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), cientistas mostram que os folículos pilosos humanos enrijecem à medida que as pessoas envelhecem, tornando mais difícil o crescimento de cabelo. Esse processo seria semelhante ao das articulações que costumam ficar rígidas à medida que envelhecemos, dificultando a movimentação.
No entanto, segundo o estudo, a história pode ser diferente para quem sofre de calvície, já que, em teoria, seria possível amolecer os folículos pilosos. Com isso, eles se tornariam propensos a produzir fios de cabelo.
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Como mostra o site americano Medical News Today, no estudo recente, foi demonstrada uma forma de fazer com que os pelos de cobaias crescessem novamente, amolecendo células-tronco de folículos pilosos. Isso foi possível graças ao aumento da produção de um gene, chamado miR-205, que reduz o enrijecimento das estruturas que geram os pelos.
Quando os cientistas manipularam geneticamente as células-tronco para produzir mais miR-205, o resultado foi o crescimento de pelos nos camundongos jovens e velhos que tinham falhas (calvície).
“Eles começaram a crescer pelos em 10 dias. Essas não era novas células-tronco sendo geradas. Estávamos estimulando as células-tronco existentes e fazendo com que produzissem pelo. Muitas vezes ainda temos células-tronco, mas elas podem não ser capazes de gerar pelo”, explica o pesquisador Rui Yi, da Universidade Northwestern, nos EUA, principal autor do estudo, citado pelo site.
De acordo com ele, os testes revelaram que é possível estimular o crescimento do cabelo por meio da regulação da mecânica celular.
“Testaremos se o miR-205 administrado topicamente [na pele] pode estimular o crescimento do cabelo, primeiro em camundongos. Se for bem-sucedido, projetaremos experimentos para testar se esse gene pode potencialmente promover o crescimento do cabelo em humanos”, sugere Yi.