A fabricante de materiais de construção Eternit decidiu manter “hibernando” sua mineradora de amianto em Minaçu (GO), a Sama. Com isso, demitirá todos os 400 funcionários da unidade. Outros cem trabalhadores indiretos dependem da atividade da mineradora.

A empresa, que teve plano de recuperação judicial aprovado por credores nesta semana, aguarda desde fevereiro que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie um recurso no qual pede um ajuste para a ordem de fechamento das atividades de mineração da companhia. A empresa pretendia continuar apenas como exportadora de amianto crisotila, sem vender o produto no mercado nacional.

Segundo a Eternit, a paralisação temporária das atividades da Sama gerou perdas de R$ 4,7 milhões no primeiro trimestre.

O congelamento das operações deve resultar na perda de faturamento da mineradora, já que a unidade correspondeu a 18% da receita consolidada nos primeiros três meses do ano.

“Desde 11 de fevereiro, portanto há mais de três meses, a Sama encontra-se com suas atividades paralisadas aguardando a decisão do Supremo Tribunal Federal quanto ao pedido de efeito suspensivo, o que não ocorreu”, afirmou a Eternit em comunicado.

Os ativos imobilizados da mineradora serão mantidos em condição de pronta retomada de produção, sob gestão de uma equipe de funcionários da Eternit. Após o anúncio das demissões, as ações da Eternit encerraram em baixa de 6,88%. Na véspera, os papéis já haviam caído 14,83%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.