27/08/2025 - 8:23
Na última sexta-feira, a Nu Asset lançou o NBIT11, ETF com exposição aos contratos futuros de bitcoin. O ativo replica o Índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR, desenvolvido pela Nasdaq especificamente para este produto, e está disponível para negociação na B3 com valor estimado da cota no lançamento de R$ 50.
Este é o primeiro ETF que acompanha o desempenho dos contratos futuros de bitcoin na bolsa brasileira. Porém, a B3 já conta com ETFs que acompanham o bitcoin e outros criptoativos.
Com isso, uma dúvida que pode surgir aos investidores é: qual é a diferença entre um ETF atrelado a um criptoativo e um ETF atrelado ao contrato futuro de um criptoativo.
Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset Management, explica que “a grande diferença é que o ETF de contratos futuros não compra o bitcoin diretamente, em vez disso, ele investe em contratos que são atrelados ao preço futuro do bitcoin. Ou seja, o investidor se expõe às variações do preço da moeda, mas sem precisar comprá-la ou armazená-la”, diz.
No mesmo sentido, Gabriel Fioravante, professor da FIA Business School, afirma que também existem diferenças de regulamentação. “Grande parte dos ETFs de bitcoin e criptomoedas em geral ofertados no Brasil busca replicar índices da Nasdaq, conhecidos como spot (valor à vista). Esses ETFs possuem uma regulamentação diferente, uma vez que precisam de mais garantias e tecnologia das gestoras quanto a manter as criptomoedas em custódia, sendo por meio de contrato com terceiros ou diretamente por responsabilidade do fundo”.
Por outro lado, Fioravante conta que os ETFs de futuros não têm necessidade de aquisição ou custódia dos ativos e trabalham apenas com o derivativo da cripto.
Para Kikuchi, esse processo torna o investimento em criptoativos mais simples. “Como o ETF é negociado na B3, tudo acontece dentro de um ambiente regulado, o que dá mais transparência e segurança para o investidor”, complementa.
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