Os Estados Unidos vão tentar uma aproximação amigável para os negócios na questão da mudança climática, em um encontro com as potências Árticas, disse uma autoridade americana nesta quinta-feira, após a imprensa noticiar que Washington está tentando eliminar de seu discurso termos ligados ao aquecimento.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, viajará na segunda-feira para a cidade finlandesa de Rovaniemi para participar de diálogos com os oito países do Conselho Ártico com a esperança de demostrar o firme interesse dos Estados Unidos, em um momento no qual a China intensifica o investimento nas áreas do norte, que se tornam mais navegáveis pelo derretimento do gelo.

Uma funcionária do governo dos Estados Unidos disse que estavam sendo feitas negociações sobre como o Conselho Ártico abordará o clima.

“Quando não estamos de acordo com nossos amigos e aliados, se dizemos diretamente, nos vinculamos a eles de perto, e isso é o que estamos fazendo o Conselho Ártico”, disse a funcionária a jornalistas sob condição de anonimato.

“O clima é um problema global complexo e é um desafio global, e este governo apoia um enfoque equilibrado que promova o crescimento econômico e melhore e segurança energética, enquanto protege o ambiente”, disse.

O jornal The Washington Post disse, citando fontes diplomáticas, que os negociadores americanos eliminaram as referências à mudança climática de uma declaração do Conselho Ártico, antes de Pompeo assiná-la. A ideia parece ser evitar qualquer compromisso internacional sobre o tema, embora o acordo não seja vinculante.

O Conselho Ártico é um fórum intergovernamental que trata de questões importantes para os governos dos países árticos e os representantes de povos indígenas do Ártico. Os Estados-membros são Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia, Suécia e Estados Unidos.