12/04/2021 - 17:32
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (12) que México, Guatemala e Honduras concordaram em enviar mais tropas para reforçar a segurança de suas fronteiras, em meio a uma onda de migração irregular para os Estados Unidos, incluindo um número recorde de menores desacompanhados.
A assistente especial de imigração do Conselho de Política Nacional da Casa Branca, Tyler Moran, disse à rede MSNBC que os três países concordaram em aumentar o patrulhamento nas áreas de fronteira.
“Chegamos a acordos para que eles coloquem mais tropas em sua própria fronteira. México, Honduras e Guatemala concordaram em fazer isso”, disse a assessora do presidente Joe Biden.
Isso evitará que os traficantes de pessoas e cartéis de drogas se aproveitem da situação e também protegerá os menores que viajam sozinhos, acrescentou Moran.
Ela também observou que o governo Biden trabalha com o México “para garantir sistemas de abrigo para cuidar de famílias e crianças”.
Mais de 172.000 imigrantes sem documentos foram detidos em março na fronteira EUA-México, um aumento de 71% em um mês e o nível mais alto em 15 anos.
O número de menores desacompanhados aumentou 100% em um mês, para quase 19 mil, segundo os últimos dados oficiais.
Moran admitiu a crescente migração irregular para a fronteira sul, mas apontou que 60% das pessoas são rejeitadas devido às medidas de saúde pública para prevenir a propagação da pandemia de covid-19.
Ela destacou que os menores, que representam cerca de 10% dos detidos, são admitidos e o governo tenta reuni-los com seus familiares nos Estados Unidos.
“Estamos tentando transferi-los o mais rápido e com a maior segurança possível dos postos de patrulha de fronteira para as instalações de serviços humanos e de saúde e depois para os cuidados de um membro da família” nos Estados Unidos, disse ela.
Entre os motivos da migração irregular, Moran apontou a violência sofrida na região “há bastante tempo” e impactos ambientais e econômicos, como os furacões Eta e Iota em novembro, que devastaram especialmente Honduras, além de uma grande seca na Guatemala.
“Este é um problema realmente complexo e já existe há muito tempo. E é por isso que não vamos consertar as coisas da noite para o dia. Mas o presidente está levando isso muito, muito a sério”, afirmou.