06/04/2022 - 0:54
Os Estados Unidos anunciaram a aprovação de uma nova venda de equipamentos e de serviços de formação militar para Taiwan, uma medida duramente criticada pela China, que reivindica a soberania da ilha.
O acordo supera a cifra dos US$ 95 milhões e se destina a dar suporte ao sistema de defesa anti-aéreo americano Patriot instalado em Taiwan.
“A venda proposta ajudará a manter a densidade de mísseis do destinatário (Taiwan) e assegurar a preparação de operações aéreas”, informou a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa do Pentágono, em um comunicado divulgado na terça-feira (5).
O Departamento americano da Defesa afirmou que Taiwan usará o treinamento proposto e o equipamento como um “(elemento) dissuasório diante das ameaças regionais e para fortalecer a defesa nacional”.
Taiwan deu boas-vindas ao acordo, a terceira venda militar aprovada sob a presidência de Joe Biden para este país insular do Pacífico.
“Diante da contínua expansão e provocação militar da China, Taiwan deve demonstrar completamente sua forte determinação de se autodefender”, ressaltou a Chancelaria taiwanesa em uma nota.
“Nosso governo seguirá fortalecendo nossas capacidades de autodefesa e de combate assimétrico”, acrescentou.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que o acordo deve se tornar efetivo em um mês.
Nesta quarta-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores da China condenou o acordo, afirmando que “fere severamente as relações sino-americanas e a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan”.
“A China vai tomar medidas decididas e contundentes para defender com determinação seus próprios interesses de soberania e de segurança”, declarou o porta-voz Zhao Lijian.
A venda acontece depois de uma aprovação similar de fevereiro, que consistia em treinamento e suporte para sistema de mísseis de defesa de Taiwan.