As autoridades ambientais dos Estados Unidos bloquearam, nesta terça-feira (31), o projeto de uma enorme mina de ouro e cobre na baía de Bristol, no Alasca, uma área rica em salmão.

A decisão da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) é uma vitória para os ambientalistas, para a indústria pesqueira e para os grupos indígenas que lutam contra a mina de Pebble há duas décadas.

Segundo a EPA, o projeto foi vetado para “ajudar a proteger a baía de Bristol, o ecossistema de salmão selvagem mais produtivo do mundo”.

“A bacia da baía de Bristol é um motor econômico vital, que gera empregos, meios de subsistência e um significativo valor ecológico e cultural para a região”, disse o administrador da agência, Michael Regan, em um comunicado.

Despejos da mina teriam “efeitos inaceitáveis e adversos em certas áreas de pesca de salmão”, afirmou Radhika Fox, administradora assistente da EPA.

Este deve ser “o fim da Pebble”, apontou Lisa Murkowski, senadora pelo Alasca.

“Para ser clara. Sou contra a Pebble”, declarou ela em nota. “Para ser igualmente clara: apoio a mineração responsável no Alasca, o que é um imperativo nacional”, insistiu.

A empresa por trás do projeto bloqueado, a Northern Dynasty Minerals Ltd, disse que contestará a decisão.

“Vetar preventivamente o projeto da Pebble é ilegal e sem precedentes”, afirmou John Shively, o CEO da Pebble Partnership, sediada em Vancouver.

“O próximo passo provavelmente será entrar com ações legais para combater essa injustiça”, acrescentou.

Os promotores do projeto sustentam que a região possui jazidas de ouro e cobre avaliadas em bilhões de dólares.

A baía de Bristol produz metade do salmão vermelho do mundo, e a pesca industrial emprega cerca de 15 mil pessoas.