O Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA disse nesta terça-feira, 14, que a Boeing violou um acordo alcançado há três anos sobre o papel de seus funcionários em dois acidentes fatais de jatos, expondo a empresa a um potencial processo criminal por uma das maiores crises de sua história.

A Boeing admitiu em janeiro de 2021 que dois funcionários enganaram os reguladores federais de segurança aérea sobre aspectos do 737 MAX, mas entraram em uma forma de liberdade condicional corporativa que permitiu evitar processos contra a empresa. Agora, os promotores dizem que a Boeing não cumpriu as obrigações com as quais se comprometeu no acordo de US$ 2,5 bilhões.

Em janeiro, um painel da fuselagem explodiu um 737 MAX da Alaska Airlines, o mesmo tipo de jato envolvido nos acidentes anteriores. O último acidente desencadeou uma nova investigação criminal e despertou novas preocupações sobre uma cultura de segurança que a Boeing deveria ter corrigido.

O anúncio de terça-feira, feito pelo departamento em carta a um tribunal federal do Texas, não revela a punição que a Boeing pode enfrentar. O Departamento de Justiça poderia tentar estender o acordo probatório em vez de processar a empresa ou buscar uma confissão de culpa.

A Boeing tem até 13 de junho para contestar a conclusão do departamento, diz a carta. A empresa não fez comentários imediatos sobre o assunto.