Por Idrees Ali e Humeyra Pamuk e Jonathan Landay

WASHINGTON (Reuters) – O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está realizando reuniões secretas com mais países do que se sabia na tentativa desesperada de firmar acordos para abrigar temporariamente afegãos em risco que trabalharam para o governo norte-americano, disseram quatro autoridades dos EUA à Reuters.

As conversas até agora desconhecidas com países como Kosovo e Albânia ressaltam o desejo de Washington de proteger afegãos ligados aos EUA de represálias do Taliban, e ao mesmo tempo de finalizar com segurança o processo de aprovação de vistos norte-americanos.

Como o Taliban está assumindo o controle do Afeganistão em um ritmo assustador, os EUA anunciaram na quinta-feira que enviarão mil funcionários ao Catar para acelerar o processamento de pedidos de Vistos Especiais de Imigrante (SIV).

Os afegãos que serviram como intérpretes do governo dos EUA e em outros empregos têm direito a se candidatar aos SIVs.

Até agora, cerca de 1.200 deles foram levados aos EUA, e este número deve subir para 3.500 nas próximas semanas por meio da “Operação Refúgio dos Aliados”. Alguns irão a uma base militar da Virgínia para finalizar sua documentação, e outros diretamente para anfitriões norte-americanos.

Temendo que os avanços do Taliban estejam elevando a ameaça a postulantes do SIV que ainda aguardam o processamento, Washington está buscando terceiros países para acolhê-los até sua documentação estar pronta e eles poderem voar aos EUA.

(Por Idrees Ali, Jonathan Landay, Humeyra Pamuk e Ted Hesson; reportagem adicional de Fatos Bytyci em Pristina)

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