14/07/2017 - 18:07
Os Estados Unidos eliminarão no final de 2017 o armamento químico que deixaram no Panamá durante sua presença militar no país, em um projeto supervisionado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), informou uma fonte oficial nesta sexta-feira.
O Conselho Executivo da OPAQ “respaldou o plano apresentado pela República de Panamá para a destruição das oito munições químicas abandonadas, situadas na ilha de San José”, revelou a chancelaria panamenha em um comunicado.
Segundo a nota, a destruição “será realizada no último quadrimestre de 2017” após “um histórico acordo de cooperação” entre o Panamá e os Estados Unidos.
“O acordo bilateral inclui o financiamento e a execução da operação por parte do país norte-americano. Além disso, a operação está sujeita ao monitoramento e verificação da OPAQ”, acrescenta.
O exército americano realizou testes com gás mostarda, fosgênio e outros agentes nervosos na ilha panamenha de San José para seu possível uso durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a guerra do Vietnã (1964-1975).
Os Estados Unidos mantiveram bases militares no Panamá desde a construção do canal interoceânico, inaugurado em 1914, até sua retirada, em 31 de dezembro de 1999.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Ilha San José, situada no Golfo do Panamá, 80 km ao sul do Canal, foi palco de testes e experimentos militares por parte dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.
O plano contempla a destruição de oito munições químicas identificadas em 2002 durante uma inspeção técnica da OPAQ na ilha, de 44 km2.
A iniciativa permitiu que o Panamá saísse da lista negra da OPAQ, que abarca 192 Estados signatários da Convenção para a proibição de armas químicas.